O atacante, ou então agora meia, Rafael Marques está satisfeito com o que tem aprendido com o técnico Cuca nesta intertemporada do Palmeiras. Depois de acompanhar a excepcional campanha do Osasco Audax no Campeontao Paulista, o palmeirense admitiu que a versatilidade faz parte não só da evolução do futebol, mas do ambiente do time alviverde atualmente.
- O futebol pede isso hoje, não tem como você sair dessa tese. A gente tem que tirar de exemplo o Audax. Apesar de ser uma equipe considerada pequena, mostrou um excelente futebol, onde os jogadores faziam várias funções, como o Tchê Tchê. O Cuca pede isso, sim. O jogador que tem condições de fazer uma, duas, até mesmo três posições, ele vai procurar sugar ao máximo do atleta - disse, após participar de jogo-treino em Atibaia no qual o treinador usou três formações táticas diferentes.
- É uma coisa que está na nossa cara, todo mundo viu. Eu sempre procurei ser um jogador muito tático, desde quando joguei fora do Brasil procuro ser bem obediente. O que o Audax faz é o que outras equipes, em outros países, fazem. O Audax tem feito isso recentemente, apesar de estar há três ou quatro anos fazendo começou a dar certo agora. Nós, brasileiros, meio que acomodamos no futebol e os outros países foram crescendo. Até alguns anos atrás éramos exemplos e hoje não é isso, temos que aprender muito ainda, crescer nessa parte tática, e o Audax mostrou isso.
No Palmeiras, o atacante agora tem a companhia de Tchê Tchê, que já foi usado na goleada sobre o Guarani tanto como lateral-direito, como volante. Acostumado a jogar mais aberto, Rafael Marques acredita que o período em Atibaia, mais uma vez, será importante para o Verdão entrar forte e confiante na dipsuta do Campeonato Brasileiro. A estreia será neste sábado, às 16h, no Allianz Parque, contra o Atlético-PR.
- O Cuca tem um estilo de jogo que gosta muito de marcação, procura pegar já lá em cima. Nessas três semanas ele procurou focar bastante nisso, até porque muitos jogadores não vinham jogando, então você não se encontra no nível de quem está jogando direto. Ele procurou igualar todos, deixar todos nas mesmas condições fisicamente. É uma equipe que vai brigar, completamente diferente do que foi ano passado, até mesmo no Paulista, é uma equipe muito mais aguerrida. Tenho visto isso, até mesmo da minha parte. Como eu falei, pelo fato de não estar jogando muito a gente perde ritmo de jogo, e essas três semanas foram focadas muito nisso. Quando for preciso jogar, independentemente se for titular ou não, vou corresponder à altura.
Confira mais da entrevista coletiva de Rafael Marques nesta quarta-feira:
Retiro em Atibaia
"Atibaia é meio que nossa segunda casa, né? Sempre quando a gente precisou concentrar, trabalhar mais firme, focar um pouco mais em alguns pontos, viemos para Atibaia e tivemos resultados positivos. Espero que não seja diferente agora. Ganhamos três semanas. Diferente das outras equipes, pudemos focar o Brasileiro, trabalhar parte física, parte tática. Eu, particularmente, cresci muito nessas três semanas e espero crescer ainda mais, com ritmo de jogo."
Vitória no jogo-treino
"Importante a gente poder pôr em prática o que o Cuca trabalho nessas três semanas. Lógico que a gente dá valor ao resultado, aos 6 a 2, mas não pensamos só nisso. Valorizamos a parte tática, a parte física, já ter um padrão de jogo. Isso que foi importante para nós."
Saudades de jogar?
"A gente gosta de estar sempre jogando, não em excesso como no nosso calendário, mas três semanas já dá saudade. A gente não vê a hora de chegar sábado para estar na nossa casa, estou com saudade do Allianz. Mais do que isso, fazer um resultado positivo e mostrar para a torcida porque a gente está aqui. "
Ambiente
"Eu sempre falei e vou continuar batendo nessa tecla. Posso botar a mão no fogo. Minha permanência aqui, um dos motivos foi o ambiente que a gente tem aqui. Criou-se essa questão, não sei de onde, mas aqui dentro nunca teve isso. Lógico que está melhor do que estava porque a gente nunca pode se acomodar, mas nunca teve clima ruim, o ambiente está muito gostoso, como sempre. O ambiente é muito bom, a gente sempre recebeu de braços abertos, eu sempre tive esse costume. O jogador chega tranquilo, à vontade, já no segundo dia começa a brincar com todos. Não vai ser diferente com eles que chegaram e se chegarem outros."
Contato com Yerry Mina
"Foi muito rápido, ele chegou ali, a primeira equipe já estava aquecendo. Ele cumprimentou a gente, não sei se ele já sabe portunhol. Ele ficou mais com o Cris (Cristaldo), que fala espanhol. Recebemos bem, o contato maior vai ser agora no hotel, na hora da janta, que aí sim ele vai ter que se apresentar, falar o que ele gosta de dançar, escutar, vamos conhecer melhor agora."