‘Recorde, emoção e o grito de campeão: o craque do BR-16 é você’
Torcida do Palmeiras supera percalços, faz mais um de seus golaços, bate recorde histórico de público e segura o grito tão esperado até o limite
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Que Moisés, Dudu e Gabriel Jesus me desculpem. Todos eles jogaram muito na campanha da conquista, mas o craque do Brasileirão de 2016 foi você, torcedor do Palmeiras.
Foi você, que levou a sério aquela mensagem exibida pela Mancha Alviverde logo na primeira rodada, contra o Atlético-PR, e esteve junto com o time rumo ao título. Foi você, que ajudou a fechar a Marquês de São Vicente e passou horas se esgoelando em frente à Academia de Futebol para dar seu apoio ao elenco antes dos jogos contra Inter e Chapecoense. Foi você, que transformou o saguão do Aeroporto de Congonhas em arquibancada no embarque da delegação para o jogo contra o Galo. Foi você, que deu show em Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Araraquara, Belo Horizonte, Florianópolis e, óbvio, no Allianz Parque. Foi você, que não consegue mais ouvir o Hino Nacional sem cantarolar "Palmeiras, meu Palmeiras...".
Fabiano foi quem colocou a bola na rede na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, mas você também marcou um golaço no jogo do título e colaborou com a quebra do recorde de público do Palestra Itália antes e depois da reforma: 40.986 pagantes, superando os 40.283 do jogo do título paulista de 1976, contra o XV de Piracicaba, e os 40.035 do duelo contra o Santos, no Brasileirão deste ano, melhores marcas do velho e do novo estádio. A renda superou R$ 4 milhões.
E olha que a tarde deste domingo teve seus percalços: bloqueio das imediações do Allianz Parque antes do jogo para quem não tinha ingresso e confusão entre torcedores e policiais fora da arena durante o primeiro tempo.
A situação foi normalizada pouco antes de o Verdão abrir o placar. A espera de 22 anos pelo título brasileiro estava praticamente encerrada. Restava saber em que momento o palmeirense deixaria o grito entalado na garganta se libertar.
Aos 29 minutos do segundo tempo, os primeiros sinais de alívio com recados aos rivais: “Ôôôô, cheirinho é o c...”, para os flamenguistas, e “vice de novo”, para os santistas. Aos 35, veio o famoso “tá chegando a hora”.
A cautela, talvez exagerada, foi para o espaço quando o relógio marcava 37 minutos do segundo tempo. O grito tão aguardado saiu da garganta e lágrimas certamente escorreram quando Prass substituiu Jailson. Pode gritar: “É CAMPEÃO!”.
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