Rodrigo tem só 21 anos, mas considera ter uma “certa experiência” por ter disputado as duas últimas edições do Brasileiro pelo Goiás, onde também foi campeão estadual em 2015. Mas o volante está experimentando novas sensações antes mesmo de se apresentar ao Palmeiras, seu novo clube. Uma delas é ter contato com jogadores que ele admira desde garoto, sobretudo Arouca, com quem certamente fará dupla ao longo do ano.
- O Arouca foi para Goiânia jogar uma partida beneficente no Serra Dourada e eu já conversei com ele, até pedi para tirar uma foto. É um cara que eu acompanho desde criança. Ele até brincou, falou que agora vamos estar juntos. Tenho certeza que vai ser um ano bom, porque o ambiente é maravilhoso - disse Rodrigo, ao LANCE!, enquanto aproveita os últimos dias de férias antes do início da pré-temporada, na quarta.
O encontro foi em 20 de setembro, em jogo organizado pelo atacante Dudu e pelo cantor Israel Novaes. Foi nesse dia que o recém-chegado começou a conhecer os colegas.
- Encontrei Arouca, Dudu e Rafael Marques. São todos muito humildes. O Rafael parecia que me conhecia há dez anos, me senti bastante tranquilo. O Dudu também é bastante tranquilo, o Arouca já me deu as boas vindas também - contou.
Quando Arouca começou a jogar pelo Fluminense, em 2004, o novo palmeirense tinha dez anos. E o camisa 5 não é o único que ele cresceu vendo jogar e vai reencontrar.
- O Palmeiras tem vários jogadores que, para os jovens, são espelhos. Não só o Arouca, mas também o Zé Roberto, o Fernando Prass... A gente tem que estar sempre vendo esses caras para aprender um pouco.
Rodrigo saiu de Ituiutaba (MG) aos 12 anos para jogar no Goiás, único clube de sua carreira. Com a falta de acordo para renovar, vários interessados surgiram, mas o Verdão venceu a concorrência de Fluminense e São Paulo. O motivo já é bem conhecido para quem acompanha o discurso dos reforços do Palmeiras desde o ano passado:
- O projeto do Palmeiras é excelente. O Cícero Souza (gerente) falou que aqui é tudo 50 vezes maior. Estou preparado - completou.
Confira um bate-bola exclusivo com Rodrigo:
Quando você começou a conversar com a diretoria do Palmeiras?
No meio do ano eu já estava conversando com alguns clubes, mas o projeto do Palmeiras realmente é muito bom. O Cícero conversou comigo, é um cara muito bacana. Conheci o Alexandre Mattos, que é o melhor dirigente do Brasil, o Nobre também me cumprimentou como se a gente já se conhecesse. São todos muito profissionais. O ano será bom.
Você já tinha decidido que não ficaria no Goiás em 2016?
Eu não saí da forma que gostaria, mas não dependia só de mim. Dependia da diretoria também. Não pude jogar as últimas oito rodadas porque eles não quiseram, eu gostaria de ter ajudado. Ficou um clima ruim, mas só tenho que agradecer porque virei homem lá.
Mas por que te afastaram?
No meio do ano estava sendo discutida a renovação de contrato, só que não era uma coisa equilibrada. Era bom só para o Goiás. Meu pai e eu sentamos e achamos que não ficaria bom. Aí ficou essa novela o ano inteiro até que eles tiveram essa atitude.
Já percebeu alguma diferença entre ser jogador do Goiás e ser jogador do Palmeiras?
Assisti à final da Copa do Brasil, acompanhei tudo. A grandeza da torcida todo mundo sabe e já estou sentindo na minha cidade. Um monte de gente me desejando boa sorte.
Já sabia que o Erik, seu companheiro no Goiás, poderia vir junto com você para o Palmeiras?
Eu vi pela internet e fiquei feliz demais. Tem dez anos que a gente se conhece, estamos juntos desde lá atrás, éramos dos poucos que subimos juntos no Goiás. Ele tem estrela. O Palmeiras acertou nessa contratação. Vai fazer muitos gols, com certeza, porque ele tem qualidade e bastante estrela.