Roger chega ao Palmeiras para fazer o time jogar bonito e honrar o hino

Técnico lembra que recebeu propostas do clube quando era jogador, recebe a camisa 6 das mãos do presidente e quer time com 'defesa que ninguém passa' e 'linha atacante de raça'

imagem camera(Foto: Jales Valquer/Fotoarena/Lancepress!)
Avatar
Lance!
São Paulo (SP)
Dia 29/11/2017
13:07
Atualizado em 29/11/2017
17:21
Compartilhar

Inspirado nas Academias de Futebol do Palmeiras, Roger Machado quer fazer o time ter uma "defesa que ninguém passa" e uma "linha atacante de raça" em 2018. Foi assim, falando em honrar a história e as tradições alviverdes, que o técnico apresentou-se em entrevista coletiva na Academia de Futebol.

- O hino do Palmeiras tem o lema de uma equipe equilibrada. Defesa que ninguém passa e linha atacante de raça. Isso, para mim, já diz muito - declarou o novo comandante, que assinou até o fim de 2018 e é adepto do futebol bonito:

- Para mim, tão importante quanto o resultado é como você o alcança. Você tem que se preocupar com a estética do jogo. Falam em fazer um futebol moderno, mas o que eu desejo é voltar (no tempo). Se você pegar a Academia do Palmeiras, o Ademir da Guia, nós tínhamos um jogo bonito e competitivo também. Jogar bonito e ser competitivo sempre foi do nosso jogo. Em alguns momentos a gente perdeu o contato com isso, e o que eu tento no meu trabalho é resgatar tudo isso.


Roger Machado recebeu das mãos de Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, e de Alexandre Mattos, diretor de futebol, uma camisa do clube com seu nome e o número 6 às costas. Uma referência aos seus tempos de lateral-esquerdo que o fez lembrar das oportunidades que teve de defender o Verdão anteriormente.

- Eu estava comentando com o pessoal que a primeira manifestação de interesse que o Palmeiras teve em me contratar foi ainda como jogador. Jogamos Grêmio x Palmeiras no Olímpico, o Roberto Carlos estava indo para o Real Madrid e, no intervalo, me disse que havia me indicado como substituto. Fiquei orgulhoso, feliz. Mais tarde, já como veterano, voltando de uma tentativa de jogar nos Estados Unidos, já com todos os problema recorrentes da profissão, o Palmeiras fez um contato comigo e me convidou. O Toninho Cecílio era o diretor de futebol. Naquele momento, já havia decidido encerrar a carreira. Disse ao Toninho que seria um prazer imenso, mas que não saberia se poderia ajudar, porque estava encerrando a carreira. Ele tentou me fazer mudar de ideia, pedir para os médicos me examinarem, mas eu disse que não sabia quando estaria bom. Essa foi a última das tentativas. Houve outras aí no meio do caminho...

Uma dessas outras tentativas foi já como treinador, no fim de 2016, quando Cuca resolveu deixar o Palestra Itália após o título brasileiro. Maurício Galiotte admitiu que pensou em contratá-lo naquela ocasião, mas foi informado de que já havia acordo com outra equipe - no caso, o Atlético-MG, clube em que Roger trabalhou por sete meses e foi campeão mineiro. O técnico chama a atenção do Palmeiras desde seu trabalho no Grêmio, entre 2015 e 2016. 

Roger confirmou que trará dois auxiliares consigo: Roberto Ribas, que o acompanha em todos os clubes, e James Freitas, que estava no Cruzeiro. Disse também que pretende contar com Alberto Valentim na comissão técnica.

- Já deu para ver muita coisa que o Alberto conseguiu inserir, muito próximo do que eu acredito. A minha relação com o Alberto não é de agora. Não jogamos muito contra porque ele saiu muito cedo do país, mas agora como auxiliar e treinador a gente troca experiência. Ele está fazendo um trabalho de transição, já relatei para ele o desejo de que ele permaneça, mas é uma decisão pessoal.

Siga o Lance! no Google News