A conturbada final do Campeonato Paulista não faz mais parte do dia a dia da comissão técnica e do elenco do Palmeiras. Pelo menos é o que garante o técnico Roger Machado.
- Vou te confessar uma coisa agora: eu não sabia nem que ia ter julgamento - disse o comandante, ao ser questionado sobre a estratégia que adotaria para evitar que seus atletas se preocupassem muito com o que o TJD-SP decidirá sobre a final estadual e perdessem o foco nas partidas.
A diretoria palmeirense promete ir até o fim na tentativa de provar à Federação Paulista de Futebol que houve interferência externa na anulação do pênalti de Ralf sobre Dudu, no domingo passado. O TJD instaurou um inquérito para ouvir os envolvidos e julgará o caso no dia 23 de abri, segunda-feira. O clube cogita até solicitar a impugnação da partida.
Enquanto isso, Roger e seus comandados se preocupam com o primeiro jogo pelo Brasileirão, às 20h de segunda-feira, contra o Botafogo, no Nilton Santos.
- Tem que virar (a página). Não há tempo. Em 25 anos como profissional, joguei 20 Brasileiros e ganhei um. Nos outros 19, você administra a frustração. A nossa capacidade de remobilização é muito vista nesses momentos. São nesses momentos em que somos bem avaliados ou não. Não há tempo para a frustração aparecer. Temos que sentir, somos seres humanos, mas rapidamente estaremos em campo de novo. O futebol nos permite que você mude a história a cada três dias. Fico imaginando os atletas de atletismo que se preparam para o ciclo olímpico a cada quatro anos, chegam lá e queimam a largada. Nós somos felizardos - disse o treinador, que valoriza muito a fase pré-Copa do Brasileiro.
- A gente sabe que até a parada da Copa são 12 jogos, e muita coisa se decide nesses 12 primeiros confrontos. Um percentual alto nessa primeira etapa vai determinar muita coisa.