Pessoas ligadas à direção do Corinthians procuraram Leila Pereira, presidente do Palmeiras, para saber se existia o interesse dela em investir na Neo Química Arena. Há um movimento na equipe alvinegra que visa inserir 49% do estádio corintiano no mercado de ações. A mandatária palmeirense se sentiu surpresa com o contato e aproveitou para mandar um recado ao presidente Duílio Monteiro Alves e à diretoria corintiana.
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Na conversa informal, Leila disse que a prioridade era melhorar o futebol como um produto, principalmente em termos de combate à violência fora das quatro linhas.
A líder do Verdão ‘saiu pela tangente’ sobre evoluir nas conversas para comprar parte das ações da arena corintiana. No entanto, a relação entre os presidentes dos clubes rivais sempre foi bastante amistosa, mas recentemente ambos entraram em ‘rota de colisão’ em algumas declarações públicas.
Primeiramente, a presidente palmeirense questionou os valores arrecadados em verbas de patrocínio na camisa, que teriam superado os R$ 81 milhões que a Crefisa e a Faculdade das Américas (FAM), empresas que também são presididas por Leila Pereira, pagam ao Palmeiras.
- Vou falar aqui, ao vivo e a cores: me prove que a camisa do Corinthians vale R$ 123 milhões que eu aumento o patrocínio do Palmeiras – disse Leila em entrevista coletiva concedida em 11 de outubro, na Academia de Futebol.
Mais recentemente, Duílio Monteiro Alves, presidente corintiano, comparou o endividamento corintiano com o do rival.
- Os times que você falou tiveram sucesso no campo, essa é a diferença. Flamengo fez sua lição de casa lá atrás, no Palmeiras a dívida não vai ser tão diferente (do Corinthians), é do mesmo patamar - apontou o presidente corintiano durante uma sabatina em que esteve envolvido para fazer um balanço sobre a sua gestão.
Leila Pereira entende que esses tipos de declarações públicas apenas fomentam uma rivalidade extrema fora de campo, que é desnecessária. Por isso, aproveitou o contato.
ATIVIDADES COMERCIAIS
Além de patrocinar o Palmeiras com as suas empresas desde 2015, Leila Pereira tem se envolvido em outros negócios no meio do futebol. Através do seu marido, José Roberto Lamacchia, que também é conselheiro do Verdão, há o interesse na compra dos naming rights do estádio São Januário, do Vasco, que passa por um projeto de reforma. O compromisso foi feito durante a campanha para que o ex-jogador Pedrinho assumisse a presidência da equipe carioca, o que foi confirmado em eleição realizada no último sábado (11).
Nas últimas semanas, Leila, através das suas empresas, também adquiriu por 35 anos a concessão da Arena Barueri, que é uma espécie de segunda casa do Palmeiras, que por lá atua quando o Allianz Parque está indisponível, por conta de shows e eventos.
Antes da vitória do clube alviverde sobre o Internacional, no último sábado (11), que aconteceu em Barueri, alguns funcionários do setor de tecnologia contratados por Leila Pereira faziam vistorias na estrutura do estádio.