O Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Mancha Verde, fundada a partir de uma torcida organizada do Palmeiras, a Mancha Alviverde, vai entrar na avenida na madrugada deste sábado (1º) no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no primeiro dos dois dias de desfile paulista do carnaval 2025. prevista para ser a quarta escola de samba na ordem do desfila, a Mancha Verde deve entrar no Anhembi por volta das 2h15 (de Brasilia). Os Desfiles de Escola de Samba de São Paulo serão transmitidos pela TV Globo e pelo Globoplay.
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A história da Mancha Verde
A Mancha Verde, conhecida por sua origem como torcida organizada do Palmeiras, transformou-se em escola de samba no início de 1995. Este processo iniciou-se após um incidente que resultou na extinção de sua antiga entidade jurídica. A formalização junto à União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP) marcou a nova fase do grupo. A transição foi motivada por um confronto com a torcida Independente, do São Paulo, que levou a uma decisão judicial pela extinção da torcida. Em 18 de outubro de 1995, a criação do Grêmio Recreativo Cultural Bloco Carnavalesco Mancha Verde foi oficializada, mantendo o espírito original do grupo.
Enredo e samba da Mancha Verde
Neste ano, a Mancha Verde vai homenagear a fé do povo baiano, com o enredo "Bahia, da fé ao profano", tema inspirado no documentário do produtor Gastão Netto.
Veja a letra do samba-enredo:
Compositores: Wladi Nascimento, Edinho Gomes, Myngal, Felipe Mussili e Gilson Bernini
Felicidade tá no som de Salvador (bis)
O corpo ginga nas ladeiras do Pelô
Meu verde manto é paixão pra vida inteira
Mancha guerreira!
Axé, abre os caminhos
No balanço desse mar
Nosso cortejo tem encanto e magia
“Mainha” veio me abençoar
Na paz de Oxalá, sagrada Bahia
Rezei pro santo, pedi no gongá
Deixei as velas pro meu orixá
Eu tô com a guia no pescoço
E o patuá no bolso
Minha fé vai me guiar
Eparrey oyá odoyá… eparrey oyá, odoyá
Ora yeyê ô mamãe Oxum
Tem baiana enfeitada, perfumada pra sambar
Laroyê Exu e mojubá… laroyê Exu e mojubá
Água de cheiro na lavagem do Bonfim
Bom Jesus dos Navegantes
Firmei ponto no altar
Tem energia no batuque do tambor
É um legado minha ancestralidade
As divindades conduzindo a embarcação
Festejar é tradição, “baianidade”
Bota dendê que meu samba vem no cheiro
É saboroso o tabuleiro de iaiá
Vem brindar, purificar a alma e o coração
Sentir na pele a pura emoção
“Descer sambando” a swingueira
Já me benzi, embarquei nessa levada
Meu amuleto é a “fitinha abençoada”