O melhor momento de Miguel Borja pelo Palmeiras precisará ser interrompido após o jogo contra o Bahia, às 21h de sábado, no Allianz Parque. Mas será por uma boa causa: o atacante viajará à Colômbia para iniciar a preparação para a Copa do Mundo da Rússia. Ele está entre os 35 pré-convocados por José Pékerman e ainda briga para integrar a lista final com 23 nomes. Depois desse, o Verdão ainda terá sete jogos até a parada do meio do ano.
Ao contrário da Seleção Brasileira, que treinará a partir da próxima semana já com os 23 escolhidos para o Mundial, os colombianos vão começar o trabalho com os 35 pré-convocados. A agenda da seleção tem um evento de despedida no estádio El Campín, em Bogotá, na próxima sexta-feira (25/5), e um amistoso contra o Egito, em Milão, na sexta-feira seguinte (1/6). A estreia na Copa será dia 19 de junho, contra o Japão.
Pékerman ainda não anunciou o dia em que definirá os 23 convocados, mas tem até 4 de junho para fazê-lo. Mesmo que seja um dos cortados, Borja não deve voltar a defender o Palmeiras antes da parada para a Copa do Mundo. Uma regra da Fifa determina que os 35 atletas pré-selecionados para o Mundial da Rússia só joguem por seus clubes até este domingo, dia 19/5, como forma de protegê-los.
No que depender dos números, Borja dificilmente ficará fora do avião que levará os colombianos à Rússia. Nenhum dos outros 34 pré-convocados marcou tantos gols quanto ele em 2018: são 14 bolas na rede em 22 jogos. Quem mais se aproxima dessa marca é Carlos Bacca, do Villarreal (ESP), com 10 gols em 23 jogos no ano.
- Penso que essa decisão é do "profe" Pékerman. Eu só tenho que trabalhar. Tenho que fazer meu melhor em cada treinamento para que ele veja que estou bem. Esses três gols mostram que estou com confiança. Continuando assim estarei muito perto da Rússia - disse o artilheiro, após marcar todos os gols do Verdão nos 3 a 1 sobre o Junior Barranquilla (COL).
A média de gols de Borja em 2018 (0,63 gol/jogo) é um pouco maior do que a média dele no momento mais brilhante de sua carreira, que foi a passagem pelo Atlético Nacional no segundo semestre de 2016. Na equipe colombiana, foram 17 gols em 27 jogos (média de 0,62 gol/jogo).
É inegável que a segunda temporada do camisa 9 pelo Verdão já é muito melhor do que a primeira. Em 2017, Borja marcou dez gols em 43 jogos (média de 0,23 gol/jogo). O centroavante foi titular apenas em 22 desses 43 jogos e só não foi substituído em 11.
Em 2018, além de já ter marcado mais gols (14) em menos jogos (22), sua sequência é muito maior: foi titular em todas essas partidas.
- Eu agradeço primeiramente a Deus, ele sempre está comigo e com minha família. Penso que estamos fazendo história aqui no Brasil. Me trouxeram aqui para fazer gols e vou tratar de fazer a cada jogo. Um atacante precisa de confiança, e o Roger me dá isso - completou Borja.