O golaço por cobertura de Dudu, que abriu caminho para a vitória do Palmeiras sobre o São Paulo neste sábado, surpreendeu praticamente todo o Allianz Parque pela plasticidade do lance. Mas o técnico Eduardo Baptista já sabia que o Verdão poderia balançar a rede do rival em jogada construída dessa maneira, forçando o erro na saída de bola.
- O São Paulo foi estudado por mim, pela comissão técnica, pela análise de desempenho. O nosso primeiro gol foi falado que a gente poderia fazer. O São Paulo vinha para sair jogando e adiantamos a marcação. Respeitamos, como tinha que ser, mas marcando forte e jogando. O grande ponto da nossa vitória foi ter estudado o São Paulo, ter pego os pontos fortes. Mesmo antes do jogo na Argentina a gente já vinha analisando - disse o comandante.
- O São Paulo era a equipe com mais gols, a que mais criava chance, com futebol bonito. Conseguimos neutralizar o que eles têm de melhor. A coragem dos nossos jogadores de sair para cima, buscar, tentar roubar, fez a diferença. O primeiro gol foi falado na preleção, que poderíamos roubar essa bola porque o São Paulo, com coragem, ia tentar sair jogando aqui dentro - acrescentou.
O São Paulo de Rogério Ceni tem se notabilizado por massacrar os seus adversários, criando muitas chances e marcando muitos gols. Nada disso foi visto no clássico, algo que Eduardo também credita ao estudo prévio das valências do oponente:
- Estudamos o São Paulo e tínhamos uma preocupação: eles tinham uma posse muito alta no último terço do campo adversário. Adiantamos a marcação e não deixamos o São Paulo entrar. Hoje, o São Paulo teve apenas 6% da sua posse onde é perigoso. Deixamos o São Paulo com a bola no campo deles, e acho que taticamente este foi o grande ponto da marcação, contra um time que ataca e cria demais.