Palmeiras tenta resgatar Borja após dez jogos sem gol e ofensa da torcida
Colombiano completou 30 jogos pelo Palmeiras neste domingo, diante do Atlético-PR, e ainda não deslanchou. Fernando Prass diz que vai conversar com ele em Atibaia
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Miguel Borja continua sob pressão no Palmeiras. Neste domingo, na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, o colombiano completou dez partidas sem marcar gols e foi hostilizado por parte da torcida após o apito final: "ei, Borja, vai tomar no c...". Uma das preocupações do clube para esta semana é resgatar a confiança do centroavante, que pode ser acionado durante o jogo contra o Barcelona de Guayaquil (ECU), quarta-feira.
- Ele deve estar chateado (com as ofensas da torcida), porque é um cara que se esforça, que corre. Ninguém gosta de ouvir coisas assim. Mas pode ter certeza que ele não está acomodado. A gente vai conversar com ele agora nesse tempo em que vamos ficar concentrados, porque quarta-feira a gente vai precisar dele - disse o goleiro Fernando Prass, um dos líderes do grupo.
Borja foi contratado por 10,5 milhões de dólares no início do ano (cerca de R$ 34 milhões, pagos integralmente pela Crefisa). Só não é a contratação mais cara da história do Palmeiras porque o clube usou cartas de crédito para repatriar Valdivia, em 2010, não honrou com os pagamentos e fez o preço total da transação superar os R$ 36 milhões, quitados no fim do ano passado.
Borja tem sete gols em 30 jogos pelo Palmeiras, sendo 17 como titular e apenas sete completos. Ele participou de 17 dos 25 jogos com Cuca, sendo oito como titular. O último gol dele foi no dia 21 de junho, na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO.
- Entendo que a torcida quer vencer e de repente pegou um pouco a mais no Borja, mas ele não é o culpado pela derrota. Todos têm uma parcela. Ele tem uma parcela pequena, assim como os outros, e eu tenho a maior. Amanhã ou depois ele joga com mais naturalidade, é jovem, tem 24 anos, e quem sabe possa fazer um, dois gols e pegar a moral de volta. A gente sente que é isso que ele precisa - disse Cuca.
- Se ele entra quarta-feira e faz o gol da classificação a torcida carrega ele no colo, como carregou quando ele chegou. O jogador tem de entender isso. A gente não pode cobrar racionalidade do torcedor, o torcedor é passional, fica muito ansioso. A racionalidade tem que partir da gente - emendou Prass.
Na quarta, o titular do ataque muito provavelmente será Deyverson, que chegou por indicação de Cuca e tem as características que o técnico gostaria de ver em Borja.
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