Há um ano, o nome de Dudu dominava o noticiário esportivo. Corinthians e São Paulo quebravam a cabeça para encontrar uma forma de contratar o atacante, que jogou pelo Grêmio em 2014, emprestado pelo Dínamo de Kiev (UCR). Mas quem encontrou a solução foi Alexandre Mattos: pagar 6 milhões de euros por 100% dos direitos do jogador e levá-lo, surpreendentemente, ao Palmeiras.
Passada a primeira temporada de Dudu com a camisa alviverde, já é possível constatar que o chapéu valeu a pena. Antes contestado por não marcar muitos gols, ele foi o artilheiro do time em 2015, com 16. Pelo Grêmio, fez oito no ano passado.
O camisa 7 também se destacou pelas assistências: foram 12, uma a menos que Robinho, líder do elenco. Pelo Grêmio, Dudu deu apenas cinco passes para gol em 2014. É a melhor temporada da carreira?
– Ah, acho que sim, né? – disse Dudu, com sua resposta padrão.
O atacante foi o jogador mais efetivo do time na temporada, algo que envaidece Marcelo Oliveira. Sob o comando dele, Dudu deixou de jogar na ponta, virou um meia centralizado e fez 12 gols em 32 jogos. Com Oswaldo de Oliveira, foram quatro gols em 23 jogos – ele fez mais uma partida com o interino Alberto Valentim e não fez gol.
Curiosamente, a melhor temporada da vida do jogador reservou também dois dos piores momentos. O pênalti perdido e o empurrão no árbitro Guilherme Ceretta de Lima após ser expulso na final do Paulista. Ele chegou a ser suspenso por seis meses, mas a pena acabou reduzida e o tirou só de seis partidas. Serviu de lição para o futuro.
– Peguei apoio na família, nos amigos, nos companheiros, no clube, na comissão nova que chegou, que me deu moral, apoiou. Não vai acontecer mais – prometeu.
Feliz 2016!
CONFIRA UM BATE-BOLA COM DUDU:
Qual é a sua avaliação de 2015?
Foi um ano muito bom, não só para mim, mas para o Palmeiras. Um ano de remontagem do elenco, em que disputamos três competições e chegamos à final em duas. A equipe está de parabéns. Esperamos que 2016 seja melhor ainda.
Há alguma imagem da temporada que você nunca esquecerá?
A imagem do meu segundo gol contra o Santos. Espero que essa imagem possa se repetir muitas vezes.
O que pensou na hora?
Tudo, faltavam três minutos para acabar. Pensei que seria o gol do título, mas tomamos um gol. Foi para os pênaltis e conseguimos o título.
Você chorou muito antes do jogo, quando foram exibidos recados da família. Por quê?
A gente fica longe da família, dos amigos, muita correria, muita viagem, muita concentração. Aquilo mostrou que a galera está junto com a gente, estão acreditando na gente. Foi muito importante para a nossa equipe.
Muitos torcedores te comparam ao Edmundo. Você acha que pode chegar ao patamar dele, ganhar uma música da torcida?
Fico muito feliz. Ele conquistou muito pelo Palmeiras e espero seguir o caminho dele. Quem sabe no futuro eu possa virar ídolo como ele? Se eu ganhar mais títulos, quem sabe eles possam fazer isso para mim (música)?
O que falar da torcida?
Fico feliz em saber que eles veem minha vontade de vencer os jogos. Espero, nos quatro anos que vou ficar aqui no Palmeiras, que eu possa ganhar muitos jogos, muitos títulos, para deixá-los felizes.