O Palmeiras está se cercando como pode para confirmar a interferência externa na arbitragem da segunda final do Campeonato Paulista. O clube, que ingressou com o processo para impugnação do jogo no TJD-SP, conta com o apoio de uma empresa internacional, especialista em investigação privada - a Kroll. A informação foi inicialmente divulgada pelo Globo Esporte.
A empresa é considerada uma das maiores do mundo na área e tem como especialidades investigações de fraudes, até cibernéticas. Este não é o único reforço grande do Palmeiras no processo: o advogado que respondeu pelo clube, terça, no TJD foi o criminalista José Luis Oliveira Lima.
Conhecido como Juca, o advogado é considerado um dos mais influentes do país e já defendeu acusados na Lava Jato, como o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
O Verdão trabalha para comprovar que a decisão de marcar escanteio em vez de pênalti após o toque de Ralf em Dudu veio de um contato ilegal com a equipe de arbitragem.
A defesa do clube e a da Federação Paulista de Futebol têm até as 12h desta quinta-feira para acrescentar novas imagens ao processo.
Na terça, sete pessoas foram ouvidas pelos auditores do TJD-SP, que na segunda divulgarão um relatório definindo se houve, ou não, interferência externa. Após esta etapa, caso se confirme a acusação do Palmeiras, a Promotoria do TJD pode entrar com a denúncia para impugnar o jogo.