Vices do Palmeiras divulgam nova nota contra Leila e criticam Galiotte

Conselheira entrou com uma ação contra os dirigentes do Palmeiras por conta de uma nota de repúdio divulgada por eles, que repetiram a dose após serem notificados pela Justiça

imagem cameraVictor Fruges, Antonino Jesse Ribeiro, Maurício Galiotte, Genaro Marino e José Carlos Tomaselli (Foto: Cesar Greco)
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São Paulo (SP)
Dia 15/08/2018
18:28
Atualizado em 15/08/2018
19:18
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Três vice-presidentes do Palmeiras divulgaram nova nota de repúdio a Leila Pereira, após serem informados do processo aberto pela conselheira do Palmeiras contra eles. O documento é assinado por Genaro Marino, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli, eleitos juntos de Maurício Galiotte, mas afastados da diretoria desde o ano passado.

Leila abriu ação contra os três justamente pela primeira carta de repúdio divulgada por eles. A dona da Crefisa e FAM cobra R$ 300 mil de indenização - R$ 100 mil de cada um dos vices, que na primeira nota a acusaram de estar chantageando o clube com a renovação dos contratos de patrocínio.

"Lamentamos que a “conselheira” (?) Leila mais uma vez crie turbulência política e traga para si os holofotes às vésperas de um jogo decisivo do que é mais importante para todos nós, a Sociedade Esportiva Palmeiras. Diante disso, lamentavelmente, voltamos a ser obrigados a defender publicamente o nosso clube, coisa que o Exmo. presidente Mauricio Precivale Galiotte se abstém de fazer por motivos que não conseguimos entender", diz o texto.

Maurício Galiotte vai tentar a reeleição no pleito deste ano, com Genaro provavelmente sendo seu adversário nas urnas. O contrato do Verdão com a Crefisa e FAM vence em dezembro, e a dona das empresas tem ótima relação com o mandatário.

Na semana passada, Genaro falou que não é contra a patrocinadora, mas tem restrições, especialmente da participação política de Leila no clube. A entrada da dona da Crefisa no Conselho Deliberativo foi o motivo para o racha dos três vices com a atual diretoria. Eles mantiveram-se mais próximos ao ex-presidente Paulo Nobre, que tentou evitar o envolvimento político da empresária em seu último ato à frente do Palmeiras.

Veja a nota completa abaixo:

"Recebemos na manhã desta terça, 14, Carta de Citação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na qual a Sra. Leila Medjalani Pereira ajuizou pedido de indenização por danos morais por conta da Nota de Repúdio que emitimos em 26 de julho. Diante de tal ato, vimos a público, repudiar a nova tentativa da “conselheira” (?) de intimidar quem defende os interesses da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Em primeiro lugar, lamentamos que a “conselheira” (?) Leila mais uma vez crie turbulência política e traga para si os holofotes às vésperas de um jogo decisivo do que é mais importante para todos nós, a Sociedade Esportiva Palmeiras. Diante disso, lamentavelmente, voltamos a ser obrigados a defender publicamente o nosso clube, coisa que o Exmo. presidente Mauricio Precivale Galiotte se abstém de fazer por motivos que não conseguimos entender.

Todo legítimo palmeirense sabe o que é ser perseguido ou ameaçado. Está na nossa história. Desde que fomos discriminados por sermos imigrantes italianos ou quando nos obrigaram a mudar de nome. Isso nos fez crescer e nos transformou no gigante que somos. Porém, nunca aceitamos. E não será agora que permitiremos que alguém utilize reiteradas vezes o revólver do poder econômico para nos censurar. Ninguém vai nos calar, nem nos fazer retroceder.

A capacidade ilimitada da “conselheira” (?) de contratar advogados para processar quem ouse dela discordar não vai nos intimidar. Ao contrário do que faz o presidente Maurício, não seremos omissos e não abaixaremos a cabeça. Sobretudo quando nossas palavras são para proteger a independência do clube que amamos e que, por obrigação, devemos sempre defender. Um amor que existe desde que nascemos e que não é um sentimento efêmero baseado em desejo de poder e em negócio.

Essa atitude é apenas mais uma prova de que, o que dissemos naquela ocasião, é modus operandi da "conselheira" (?). Quando confrontada, a senhora ameaçou tirar o patrocínio do Palmeiras. No COF, tentou em vão intimidar nossos colegas que têm como função orientar e fiscalizar os atos do Poder Executivo do clube. Agora, em vez de aceitar o debate democraticamente, como um legítimo conselheiro palestrino faria, utiliza-se do Poder Judiciário diante de uma posição contrária a sua opinião.

Defenderemos a camisa alviverde a qualquer custo. Uniforme que, aliás, usamos desde criança. E não será um processo com um pedido de indenização que vai nos calar e impedir de lutar pelo que entendemos ser o melhor para a instituição que amamos.

A “conselheira” (?) disse que vai ceder ao clube o valor arrecadado no processo, R$ 300 mil, caso vença a questão no Judiciário. Essa DOAÇÃO será igual aos R$ 120 milhões que, de forma monocrática, Maurício Galiotte transformou em DÍVIDA em uma canetada?

Como dissemos, a Sociedade Esportiva Palmeiras não tem dono. Nem dona. Já passou de a hora dos presidentes da Diretora Executiva e do Conselho Deliberativo saírem em defesa do clube. Esperamos que, após tomarem conhecimento dessa aviltante atitude contra membros legítimos da diretoria, eles parem de trabalhar apenas para resguardar os interesses da patrocinadora e a sanha de poder da senhora Leila Pereira.

Genaro Marino Neto
1º Vice-Presidente

Victor Fruges
3º Vice-Presidente

José Carlos Tomaselli
4º Vice-Presidente"

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