Vitor Hugo chegou ao Palmeiras sem muito alarde, no início de 2015, vindo do América-MG. Na primeira reunião com todo o elenco, precisou levantar o braço quando Oswaldo de Oliveira, técnico do clube na ocasião, perguntou se havia esquecido de alguém ao mencionar os jogadores em seu discurso de boas vindas. Prestes a encerrar seu segundo ano no Verdão comemorando o segundo título, o zagueiro se impressiona com as mudanças em sua vida.
- É impressionante como minha vida mudou em dois anos. Não tem nem comparação. Antes eu era só pedreiro da bola, servente de jogador. Hoje sou jogador de verdade, me sinto assim. É bom para o nosso ego, a gente se sente bem, valorizado pelo trabalho. Pessoalmente, acho que sou o mesmo ainda e espero manter assim. Sobre as sondagens que recebi, é bacana de ver o reconhecimento. Foi bom eu ter ficado no Palmeiras, bati o pé para ficar. Depois que for campeão a gente pensa, vamos esperar a vontade de Deus que as coisas vão dar certo - disse o camisa 4, lembrando que recebeu uma proposta da Fiorentina (ITA) no meio do ano, recusada pela diretoria.
- No começo do ano passado quem era Vitor Hugo? Agora, em todo lugar que eu vou tem gente querendo tirar foto, dizendo que estamos juntos rumo ao título. Tem palmeirense em todo lugar, é bacana demais, dá um negócio por dentro difícil de explicar.
Vitor Hugo participou de 58 partidas no ano passado - só ficou atrás do goleiro Fernando Prass, que fez 68. Neste ano, é o líder do elenco em número de jogos: 56 partidas. No Brasileirão, só ficou fora em duas rodadas, justamente os dois clássicos contra o Corinthians, ambos por suspensão. Por isso, tem um jogo a menos que Tchê Tchê na competição nacional: 33 contra 34. Qual é o segredo para jogar tanto?
- Ah, rapaz, não sei não. Tá doido! A carcaça está gritando já. A gente está fazendo físico para dar conta. O professor Cuca está confiando, eu estou conseguindo corresponder, fiz uns golzinhos que ajudaram o time, estou ajudando a evitar o máximo possível de gols. Acho que é isso, a regularidade.