Campeão da Libertadores pelo Atlético-MG em 2013, Cuca ainda é bastante querido no Horto. Depois do empate deste sábado, o técnico do Palmeiras foi até perguntado se a diretoria do Galo o procurou para voltar em 2018 e respondeu com irritação.
- Como pode? Me desculpe, mas esta pergunta nem devia ser feita. Como pode um treinador (Micale) está ali, dando a vida, sendo xingado como muitas vezes eu fui e você vem me perguntar se o Atlético veio me procurar. Lógico que não, e se viesse eu nem ia atender, de forma alguma. Temos de respeitar o profissional que está ali trabalhando. É uma pergunta que fica até ruim. Jamais. Eu tenho contrato com o Palmeiras até 2019. Eu sei que existem pessoas que são má informadas que falam que já assinei com o Atlético-MG. Eu tenho contrato com o Palmeiras. Ninguém me procurou, até porque o Atlético-MG é uma equipe ética e jamais faria isso - rebateu o comandante.
Cuca voltou ao Verdão em maio e tem contrato até dezembro de 2018. Apesar de algumas diferenças com o diretor de futebol Alexandre Mattos e as críticas que recebeu pelas eliminações na Copa do Brasil e Libertadores, técnico e diretoria estão com o discurso afinado publicamente de que nada mudará para o ano que vem. Maurício Galiotte já disse que a troca de comando em dezembro de 2016 foi um problema para esta temporada.
O Atlético-MG passará nos próximos meses por eleição, e Micale tem contrato até o fim do ano apenas. Em contrapartida, Cuca é sempre elogiado pela torcida do clube mineiro. Entre 2011 e 2013, o técnico conquistou no Galo a Libertadores e dois títulos mineiros.
- Sempre somos homenageados nos clubes que passamos e isto é fantástico. O que fizemos no Atlético-MG em dois anos e meio, uma remontagem praticamente total, foi muito importante na minha carreira. Foram três conquistas aqui, além de um vice brasileiro (em 2012). Um lugar que guardamos com carinho, mas hoje o Atlético-MG está muito bem representado pelo Micale, que é nosso campeão olímpico - completou.
Veja abaixo outros tópicos da entrevista:
- Pênalti perdido por Deyverson: "O que acontece: o Deyverson treinou muitos pênaltis, e foi o melhor aproveitamento. Perdemos pênaltis com Tchê Tchê, Willian, Jean e o Deyverson tinha feito o gol, estava com confiança, queria se redimir de não ter batido (contra o Barcelona). Perdeu, acontece, como o Fred perdeu, e é um grande jogador. Não dá para crucificar".
- Análise dos pênaltis: "Não vi (os lances dos pênaltis), não deu tempo. Vamos analisar com calma. O que fico satisfeito é com a defesa. O que trabalhamos a linha de defesa, e mesmo com nove fomos sólidos, firmes. Poderíamos estar jogando até agora, que talvez o gol não saísse. Eles se postaram muito bem".
- Resultado: "Você com 9 não pode colocar um atacante, já com dois a menos. Não sei hoje o quanto o ponto pode favorecer, mas psicologicamente é um ponto importante, porque enfrentou um time cascudo, muito bom, e na casa deles com um a menos e depois com dois a menos e poderia ter ganho. Dá confiança para seguir em frente e buscar uma arrancada".
- Empates no Horto: "Aqui é difícil jogar contra o Atlético-MG, sempre uma equipe imponente, com força da arquibancada. Ano passado e este foi 1 a 1, não era o que a gente queria, mas não foi de todo mal".