O Profeta está de volta. Moisés confirmou que viajará com a delegação do Palmeiras para a Colômbia e se colocou à disposição até para ser titular contra o Junior Barranquilla, às 21h30 de quinta-feira, pela Copa Libertadores. Roger não adiantou se fará mudanças na equipe.
- Eu também queria saber (sobre ser titular). Tive uma conversa com o Roger ontem, como vocês viram, mas não foi sobre ser titular ou não. Ele queria saber como estou. Vontade não falta - disse o camisa 10, em longa entrevista coletiva.
Moisés foi relacionado para apenas duas partidas em 2018: não saiu do banco contra o Red Bull, na terceira rodada do Paulistão, e entrou nos minutos finais diante do Bragantino, na quarta rodada. Seu afastamento não se deve a nenhuma lesão, mas a uma pré-temporada individualizada proposta pelo núcleo de saúde e performance do clube para devolver ao meio-campista os seus índices físicos ideais. O jogador se vê em sua melhor forma desde que chegou ao Palestra Itália.
- Sim, até falei isso ontem para o Roger. Quando cheguei, em 2016, me sentia praticamente nesse nível de hoje. Até ali não tinha acontecido nenhuma lesão na minha carreira. A partir dali, comecei a ter. Me lesionei em 2016 (fratura no pé) e voltei 100%. Em 2017 tive uma ainda mais grave (no joelho esquerdo). Muitas pessoas perguntam se a volta foi precipitada, batem nessa tecla, e eu reafirmo que não foi, eu estava 100% clinicamente. Mas não tinha como eu voltar com agilidade, ritmo. Sabia que para 2018 eu teria que ter uma preparação melhor para retomar meus números de antes das lesões. Não sou nenhum Keno em questão de velocidade, mas retomei a velocidade com que sempre joguei. Isso traz confiança, tranquilidade para fazer o seu melhor.
- O futebol ficou rápido, dinâmico, e se você não está na sua melhor preparação você vai sofrer, como sofri ano passado. Eu estava jogando como meia, uma função em que você tem que jogar de costas e tem mais dificuldades ainda. Se você não está ágil, o adversário te atropela. Agradeço ao Palmeiras por cuidar de mim, e agora é o momento de mostrar para que serviu esse período - emendou.
Moisés avisa que pode jogar como armador, mas não esconde sua preferência pela função de volante.
- Eu já conversei com o Roger e falei que onde mais consigo acrescentar é como volante. Hoje estão jogando Tchê Tchê e Felipe Melo. É por ali que estou brigando, junto com Thiago Santos e Bruno Henrique.
- Eu não sou unanimidade. Preciso provar em campo que mereço uma chance. Eu já deixei claro que consigo exercer todas as funções do meio, principalmente as mais recuadas, primeiro ou segundo volante. Mas também consigo jogar como meia e exercer o papel.
Apesar da vontade de jogar e de se colocar à disposição até para começar entre os 11, Moisés salientou que não conseguirá suportar os 90 minutos:
- O pessoal me mostrou que eu precisaria fazer uma pré-temporada especial e eu achei importante. Voltei das férias melhor esse ano, porque consegui malhar, fazer meus treinos. Eu poderia ter começado jogando, ir fazendo os trabalhos no meio dos jogos, mas acredito que assim foi melhor. Teve momentos em que deu vontade de falar: "vamos parar, quero jogar". Até por isso fui para os jogos contra Red Bull e Bragantino. Era para não perder aquele gosto de estar lá. Falta ritmo ainda. Por mais que esteja bem, não consigo jogar 90 minutos ainda. Tem que ir por etapas, mas sem dúvidas estou em um momento bom fisicamente - concluiu.