A WTorre venceu na última semana um processo aberto pela Ambev há dois anos. A empresa cobrava exclusividade na venda de bebidas dentro do Allianz Parque e queria, inclusive, participar do naming rights da arena do Palmeiras, baseado em uma escritura de 1920. A Justiça considerou a ação improcedente e deu razão à construtora, como informou o colunista Lauro Jardim.
O processo foi considerado improcedente, por considerar que o documento da época não deixa claras as reivindicações da Ambev.
O espaço onde hoje fica o Allianz foi comprado naquela época da Antarctica, uma das marcas que atualmente pertencem à Ambev. Pelo documento de 1920, ficou estabelecido que a empresa teria exclusividade na venda de bebidas no estádio e alguns outros benefícios, como a reserva de lugares nobres na arquibancada para seus diretores. Popularmente, o local foi chamado de Parque Antarctica até a construção da nova arena.
Mas já na escritura apresentada à WTorre na ocasião da assinatura do acordo com o Palmeiras já não constava a participação da Antarctica. O documento de 1920 abrangeria um espaço que não é mais da maneira descrita.
O caso começou em 2016, e na época a WTorre disse ter oferecido os direitos à própria Ambev, já que o nome “Parque Antártica” era conhecido pelos torcedores. A empresa teria respondido, à época, que preferia aliar a marca Brahma ao futebol e recusou a oferta.
A construtora no fim vendeu o nome da arena para a Allianz por R$ 300 milhões, divididos em 20 anos, podendo renovar por mais dez.