Zaga, Dudu no meio e Rony incisivo: pontos positivos do Verdão no 0 a 0

Equipe de Vanderlei Luxemburgo passou primeiros 30 minutos de jogo quase sem pegar na bola, mas se encontrou quando foi à frente e teve Dudu como meia no 0 a 0 deste sábado

imagem cameraPalmeiras se encontrou de vez no jogo quando Dudu virou armador (Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 29/02/2020
17:00
Atualizado em 29/02/2020
17:54
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Principal reforço da temporada, Rony estreou no Palmeiras dando trabalho e tendo até gol anulado por impedimento, em uma atuação marcada por sua insistência ao sair do banco, no intervalo. Mas os pontos altos do 0 a 0 diante do Santos neste sábado foi a zaga, que suportou até um sufoco no Pacaembu só com torcida adversária, e a opção de Dudu como meia no segundo tempo.

Pelo que se viu nos primeiros 30 minutos de clássico, o ponto somado tem muito a ser comemorado. O Verdão pouco ficava com a bola, vendo o rival ficar no seu campo. Vanderlei Luxemburgo optou pela mesma escalação que venceu o Guarani por 1 a 0 na rodada passada, mantendo Rony no banco, e viu quase nada dar certo. Com exceção da zaga.

O Santos pressionou intensamente, Bruno Henrique e Zé Rafael não conseguiam encaixar a marcação, mas Gustavo Gómez e Felipe Melo cortavam todas as tentativas em frente a Weverton, que teve mais trabalho somente nas cobranças de escanteio e, principalmente, em falta cobrada por Sanchez. A única ponderação foi um carrinho seguido de pisão no qual Felipe Melo correu o risco de receber o cartão vermelho pela agressividade da jogada.

Os minutos finais do primeiro tempo já tiveram equilíbrio, mas o Palmeiras entrou mesmo no jogo no intervalo, quando Luxemburgo sacou os pouco participativos Raphael Veiga e Luiz Adriano para armar o time no 4-2-3-1. Abriu Gabriel Veron e Rony nas pontas, colocou Willian como centroavante e achou a partida com algo que, a princípio, considerava que não era uma boa estratégia: escalar Dudu como armador.

O camisa 7 passou o primeiro tempo tentando ajudar o time a jogar e, como meia, foi a solução. Estimulou Bruno Henrique e Zé Rafael a darem velocidade no jogo, lhe entregando logo a bola, e acionava rapidamente as opções na frente. Até mesmo Gabriel Menino, dono de um primeiro tempo horroroso, driblado facilmente, passou a ter confiança para atacar.

As principais oportunidades do clássico foram do Palmeiras, todas com alguma participação de Dudu. Veloz, Rony teve um gol anulado por impedimento e chegou a participar de lance de pênalti do Santos, mas foi apontado com posição irregular. Sua capacidade de vencer os rivais na corrida até atrapalhou um pouco o time, que, em certo momento, insistiu demais nos lançamentos. Até Dudu pedir mais bola no chão e reencaixar a partida.

Quando o jogo ficou aberto, os colegas deixaram de ajudar Dudu. Inclusive Willian, que desperdiçou a chance mais clara do jogo, cara a cara com o goleiro Everson. Foi quando a zaga reapareceu. Gustavo Gómez e, principalmente, Felipe Melo, tiraram todas as bolas levantadas na área, sempre com perigo.

O resumo é que os três pontos dariam ao Palmeiras a melhor campanha do Campeonato Paulista, com 19 pontos, mas saldo superior ao Santo André, que lidera o Grupo B, com o Verdão em segundo. Mas, com 17 pontos, o time de Vanderlei Luxemburgo, embora tenha criado para ganhar, sabe que escapou ileso de um sufoco. E mostrou ter alternativas no elenco, animando, inclusive, para a estreia na Libertadores, na quarta-feira, contra o Tigre, na Argentina.

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