O Palmeiras quer fazer história contra o Boca Juniors-ARG, nesta quinta-feira (5), pela semifinal da Libertadores, no Allianz Parque. Diante do mesmo adversário, há cerca de 30 anos, o Verdão deixou sua marca para a eternidade ao aplicar uma goleada por 6 a 1, no antigo Palestra Itália. O jogo, pela fase de grupos da edição de 1994 da competição continental, está na memória de muitos palmeirenses, assim como na daqueles jogadores que protagonizaram o "amasso" em cima dos argentinos. Entre eles está Zinho, que lembra com muito carinho daquele duelo.
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Em entrevista ao Lance!, o ex-jogador e atual comentarista dos canais ESPN, contou como foi participar de um jogo que se tornou histórico. Além do resultado por si só, foi a maior goleada sofrida pelo Boca na Libertadores. Para o ex-meia, a partida está em seu Top 3 na carreira.
- É a melhor lembrança possível, ficou marcado na história, maior goleada que o Boca Juniors tomou numa Libertadores. 6 a 1 inesquecível, Parque Antarctica lotado. Nosso time era uma seleção, então as lembranças são as melhores, é um jogo que eu coloco no Top 3 na minha carreira de jogo perfeito, de um time ser tão superior e jogar tão bem.
O Palmeiras entrou em campo com: Sergio. Cláudio, Antonio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Amaral, Mazinho e Zinho; Edílson e Evair. Os autores dos gols alviverdes foram Cléber, Roberto Carlos, Edílson, Evair (duas vezes) e Jean Carlo. Já os argentinos descontaram com Manteco Martínez.
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Zinho afirmou que tudo o que o Verdão tentou, deu certo, sem dar chances ao rival, que nem catimba conseguiu fazer. Ele revelou uma conversa com Mancuso, que posteriormente jogou no Alviverde, e estava no Boca naquele dia.
- Não deu nem tempo de lidar com a catimba, porque o jogo começa forte, equilibrado, mas o nosso time teve uma porcentagem de acerto muito perto da perfeição. Até encontrei com o Mancuso recentemente e ele falou isso, o que a gente criou, a gente fez. Então não demos chances para eles. O (César Luis) Menotti, técnico deles, histórico no futebol argentino, ele mesmo falou, virou um Carnaval, uma festa, porque o time do Palmeiras naquela noite fez um jogo quase perfeito, um jogo sem chance nenhuma para o adversário e deram sorte de não tomar mais, tamanha a nossa superioridade.
Ainda nessa questão da "sorte" por não levarem mais gols, Zinho destacou que no primeiro tempo a imposição do Palmeiras desgastou demais o adversário, tanto é que cinco dos seis gols saíram na segunda etapa. Ou seja, quando abriu a porteira, a goleada foi consequência.
- Os gols saíram mais no segundo tempo, porque a gente mesmo num primeiro tempo mais forte e eles cansaram muito marcando. O início foi equilibrado, porque era bom o time deles também. Mas quando o sai o primeiro, sai o segundo, aí abre a porteira, tentaram sair para o jogo, tomaram mais, e perceberam que era melhor continuar se defendendo para o desastre não ser maior do que foi. Então não foi só o cansaço, foi a supremacia, a superioridade nossa.
Em 2023, o Palmeiras novamente terá que usar de imposição e superioridade para derrotar o Boca Juniors. Sem o antigo Palestra, mas agora com o Allianz Parque, o time de Abel Ferreira precisa vencer e marcar gols para evitar os pênaltis. Para Zinho, a inspiração alviverde não tem que ser daquele time de 1994 que atropelou os argentinos, mas sim do próprio elenco atual do Verdão, que é histórico por si só.
- Acho difícil comparar épocas. Esse grupo não precisa nem olhar lá para 1994, eles olham para o que eles vêm fazendo nesse tempo que estão juntos. É um grupo vitorioso demais, bicampeão da Libertadores, campeão brasileiro, campeão de Copa do Brasil, campeão de tudo. Então a inspiração deles vem deles mesmo, porque o grupo comandado pelo Abel Ferreira está merecidamente na história do Palmeiras.
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- Acho o Palmeiras superior ao Boca de hoje, naquela época era até mais parelho, o time deles era muito bom também, mas foi uma noite que deu tudo certo. Hoje acho que é até um dos jogos que o Palmeiras tem um time melhor que o do Boca, e isso tem que ser transformado em gols para não ter risco de pênaltis. A inspiração tem que ser desse grupo campeoníssimo que eu sou fã.