Após o empate com o River Plate (URU), na terça, o discurso dos jogadores do Palmeiras foi praticamente unânime em defesa do criticado Marcelo Oliveira. Esta foi a postura adotada para rebater os boatos que chegaram no vestiário de que o elenco estava rachado e tendo problemas com o treinador.
A resposta mais veemente foi de Fernando Prass, ainda no Uruguai. Segundo o goleiro, todos respeitam e gostam do técnico. Por isso o “zum zum zum” de que a relação entre atletas e comissão técnica estava estremecida foi assunto na concentração e motivo de incômodo no grupo.
– Não gosto quando as pessoas começam com maldade, zum zum zum, coisas absurdas que não quero nem falar. Boatos que a gente dentro do grupo ficou espantado com a criatividade. Obviamente problemas e discussões existem em todas as equipes – resumiu o camisa 1.
Neste início de ano, o Verdão teve, de fato, exemplos de insatisfações. Rafael Marques, por exemplo, ficou incomodado ao ser substituído por Erik no jogo de sábado, contra o Linense, e Robinho nem quis dar entrevista no campo após o 2 a 2 com o River – segundo o meia, que ficou no banco, a irritação neste caso se deu pelo tropeço, não pela reserva.
Ainda assim, os atletas reforçam que estes casos não atrapalham o ambiente na Academia de Futebol. Na preleção antes da estreia na Libertadores, Zé Roberto avisou que o elenco apoia o técnico.
– Todo mundo gosta dele (Marcelo Oliveira). Antes do jogo, o Zé falou que todo mundo está fechado com ele. Nós, jogadores, temos que dar um pouquinho mais, porque a responsabilidade é nossa dentro de campo – afirmou Thiago Santos, na chegada ao Brasil, ontem.
Apesar do discurso de apoio, Marcelo Oliveira vem sofrendo com as cornetas neste início de ano graças ao futebol abaixo do esperado do Palmeiras. A situação não é inédita. No ano passado, antes da reta final da Copa do Brasil, o segundo turno ruim do Brasileirão fez o comandante ser também questionado.
Os jogadores na ocasião também se “fecharam”, e o time terminou a temporada com o título da competição. A diretoria, também, não pensa em uma demissão imediata do treinador. Os resultados, contudo, precisam aparecer – já são quatro partidas sem vitórias. Na terça, o placar não foi o esperado, mas o vestiário está blindado para, independentemente de qualquer rusga no dia a dia, começar a reagir no clássico de sábado contra o Santos.