Palpite Flamengo x Palmeiras – Final da Copa Libertadores

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Palmeirense reluta em escalar time com dois meias de criação

Raphael Veiga em jogo pelo Brasileiro (Cesar Greco/Palmeiras)

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No caso de Abel Ferreira e Renato Gaúcho, que estão longe de ser o Pelé dos técnicos, a tentação de colocar a assinatura em uma decisão da Libertadores pode levar para o caminho da perdição. Ao longo da temporada 2021 ficou mostrado claramente que o alviverde teve seus melhores momentos com a dupla Raphael Veiga e Gustavo Scarpa. O treinador, contudo, raramente os escalou como titulares.

Teve muito mais paciência com o esquema com três zagueiros, que engessava o time e o deixava muito limitado no setor de criação. Na realidade, só dois cenários justificam uma equipe que tem ambição para atuar com uma linha defensiva com três zagueiros. Um deles é ter no elenco nomes como Baresi, Maldini e Beckenbauer, por exemplo. Assim, em vez de colocar um zagueiro genial no banco, encontra-se uma maneira de todos jogarem. Ou então, quando a situação é oposta. Um momento em que só estejam disponíveis defensores ruins. Assim, coloca-se um terceiro zagueiro para fazer a ‘cobertura’ dos outros, uma vez que a expectativa é de muitas falhas.

Michael ou Arrascaeta, eis a questão no lado rubro-negro


Arrascaeta em jogo pelo Brasileiro (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

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Renato Gaúcho é um treinador que jamais admite um erro. Nas derrotas, quando os erros do time são adotados, o ‘eu avisei’ é padrão em suas frases. Com o atacante Michael sendo o melhor jogador do time, o técnico tem que fazer a escolha entre quem está atuando bem e um medalhão.

O uruguaio Arrascaeta, apesar de ter grande qualidade, não faz uma partida inteira desde 3 de outubro. Optar por colocá-lo entre os titulares claramente seria uma escolha para evitar cobranças. Mais ou menos o que aconteceu na Copa de 1998 quando Ronaldo, o Fenômeno, foi escalado para enfrentar a França sem ter condições físicas para isso. Há ainda a possibilidade de o jogo ser estendido por mais 30 minutos em caso de empate. O que tornaria a escalação do jogador do Uruguai ainda mais arriscada.

O problema tem uma solução intermediária. A terceira via seria a saída de Everton Ribeiro. O jogador, que não tem grande penetração entre os torcedores e analistas, parece, no entanto, encantar os treinadores. Exímio cumpridor de funções táticas, agrada não apenas Renato Gaúcho, mas também Tite, que o convocou várias vezes para seleção brasileira mesmo quando o atleta atravessava momentos bem ruins.

Qual assinatura técnicos guardaram para a decisão?

A característica de personalidade tanto de Abel Ferreira quanto de Renato Gaúcho leva a crer que eles deverão tentar assinar a conquista do título com alguma mudança inesperada na equipe para a decisão. Seja ela na estratégia ou mesmo apenas de nome na escalação. No caso do palmeirense, é mais provável que a tática esteja envolvida no caso da tentativa de tirar coelho da cartola.

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No caso de Renato Gaúcho é muito provável que ela seja na escalação. Nesse caso, pode até estar relacionada ao condicionamento físico de alguns de seus jogadores. Além de Arrascaeta, Bruno Henrique, Rodrigo Caio, David Luiz e até mesmo o goleiro Diego Alves apresentaram problemas recentes.

Comunicação, no entanto, é uma mão de duas vias. Não importa somente o que é passado e a forma como as instruções são transmitidas. Mas como elas são recebidas e absorvidas. O elenco do Palmeiras tem indicado ao longo da temporada ser mais obediente taticamente. Justamente por isso é que em um confronto bastante equilibrado é recomendado o palpite no sucesso do Flamengo. Com um elenco que mostra mais personalidade, a desobediência tática pode ser o caminho para pensar fora da caixa e conduzir o time carioca para a vitória.

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