Terceirização do departamento de futebol do Paraná vai para a Justiça do Trabalho

Solicitação feita pelo presidente do clube, Leonardo Oliveira, tem como um possível interessado o ex-proprietário do Londrina, o empresário Sérgio Malucelli

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Apesar de ter vivido anos recentes em meio a um interessante e importante processo de recuperação financeira, a situação atual do Paraná com salários atrasados desde o mês de outubro rendeu uma atitude inusitada por parte do presidente do clube, Leonardo Oliveira. 

Com a proposta de terceirizar o departamento de futebol do Tricolor da Vila, o mandatário paranista fez uma solicitação a Justiça do Trabalho para abrir o precedente que será avaliado tanto pelo órgão público como pela diretoria do clube.

Além da proposta formalizada, o interessado em fazer a administração do futebol do clube terá de fazer, imediatamente, um depósito que será bloqueado em juízo no valor de R$ 2,3 milhões que será reservado exclusivamente para a quitação dos vencimentos que estão em atraso.

A avaliação da Justiça do Trabalho via análise do juiz José Wally Gonzaga Neto, responsável pela assinatura do despacho, é que o clube vem fazendo um trabalho positivo para solucionar pendências trabalhistas, item que "assombra" diversos clubes do futebol nacional e que rendem boa parte das dívidas acumuladas ao longo dos anos.

Para ilustrar a eficiência da atual gestão apontada pelo magistrado, foi especificado o cenário onde, dos 554 processos apresentados, 325 já foram solucionados. No caso dos demais, 136 estão no que é chamado de "em espera" e outros 66 adentram o status de penhora.

Neste momento, quem aparece como nome mais forte nos bastidores, tendo inclusive já conversado diretamente com a diretoria do Paraná para exercer a função de administrador do departamento de futebol, seria um velho conhecido do futebol paranaense: o empresário Sérgio Malucelli.

Entretanto, como relatado pelo próprio gestor ligado apenas formalmente no momento ao Londrina, ele ainda precisa definir sua situação junto a equipe do interior do estado.

Isso porque, depois de declarar que tinha a intenção de deixar o clube ao fim do Paranaense 2020, ele preferiu adotar tom mais cauteloso e afirmar que aguardaria o retorno ao Brasil de Felipe Prochet, presidente do clube, para definir de maneira mais exata a sua situação.

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