Eduardo Carmim/Photo Premium
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai protocolar até o fim da tarde desta terça-feira junto à presidência do órgão um pedido de interdição do Estádio Moisés Lucarelli. A Ponte também será responsabilizada pelo caos provocado pela torcida no último domingo, no jogo que rebaixou a Macaca. Caso a denúncia seja aceita, e o processo venha de fato acontecer, a Ponte pode ser julgada diante de uma comissão disciplinar e correrá risco de perder mandos de campo.
De acordo com o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, caberá ao presidente Ronaldo Piacente deferir a liminar para interdição do estádio e depois marcar o julgamento.
- O caso é grave, com invasão, arremesso de objetos, violência. Mas que vai analisar e dar a dosemetria de perda de mando será a comissão no julgamento. Até o fim do dia (terça), vamos propor a medida e vai depender do presidente deferir ou não a liminar de interdição para depois a comissão marcar o julgamento - explicou o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua.
A interdição é praticamente certa e valerá também para os demais campeonatos, incluindo o Paulistão, que começa em janeiro. Já a punição com perda de mando tem de ser cumprida em um torneio organizado pela CBF no mesmo formato. Vale lembrar que as penalidades podem chegar a até 10 mandos de campo e a Ponte pode receber multa de 100 mil reais por não ter provido proteção necessária. Também existe a possibilidade de cumprir a pena com os portões fechados.
No último domingo, a Macaca perdeu de virada para o Vitória por 3 a 2 e caiu para a segunda divisão. Revoltados com a queda para a Série B, torcedores quebraram grades e entraram no gramado com pedras nas mãos atrás dos jogadores, que desceram correndo para os vestiários. Tudo foi citado na súmula da partida. O clube ainda tenta identificar alguns invasores para registrar Boletim de Ocorrência na tentativa de aliviar a penalidade.
