Norson Saho conquista bicampeonato paulista de pôquer: ‘É indescritível’

Com a vitória no evento 6-max da oitava e última etapa do Circuito Paulista, Norson superou Cris Vieira no ranking geral e obteve o histórico feito de sagrar-se bicampeão  

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Norson Saho é figurinha carimbada nas mesas do H2 Club, sendo conhecido por disputar CPH, High Rollers e torneios mais acessíveis, em uma dedicação que impressiona. Tamanha consistência se traduz no histórico feito do jogador, que sagrou-se campeão paulista de pôquer pelo segundo ano consecutivo.

Em 2018, a vitória foi das mais emocionantes. Disputando com Luiz Carlos Miranda até o One-Day High Roller, último torneio da temporada, Norson precisava do vice-campeonato para tomar a ponta. Ele fez mais, ficando com o título do torneio para alcançar a glória pela primeira vez.

Neste ano, o último dia foi mais tranquilo, mas isso pelo grande desempenho de Norson. Após começar a etapa em segundo no ranking, ele somou 1.750 pontos, incluindo o título do 6-Max, para chegar a 6.355 e ultrapassar Cris Vieira, que havia começado a etapa com uma vantagem de 735 pontos. Vieira havia tomado a ponta logo na primeira etapa, vencendo o Main Event com o histórico field de 840 entradas.

Pela conquista, Norson levou R$ 70 mil, enquanto Cris, que terminou com 5.640 pontos, ficou com R$ 40 mil segunda colocação. O top 5 contou ainda com Nello Rodolpho (4.100), Caio Mansur (3.800) e Marcos André (3.700), que levaram R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente.

Momentos após a queda de Cris no último torneio e a confirmação da vitória, Norson falou ao SuperPoker sober a emoção do bicampeonato.

E a sensação de ser campeão paulista de pôquer pelo segundo ano seguido? 
É indescritível, foi bem acirrada a disputa com o Cris, ele é um excelente jogador, premia em tudo, faz reta final em tudo. Ele deu uma virada ali e faltando dois dias para acabar eu achei que não ia dar, mas cravei o 6-Max e virei de novo.

Qual vitória foi mais especial, a do ano passado ou esta?
Ano passado foi mais dramático, porque eu tive que cravar o último High Roller. Neste ano foi mais fácil administrar, porque ele tinha que cravar o último e eu não fazer ITM. O final foi mais sossegado.

Você citou a disputa com o Cris, o que pode dizer sobre ele?
Ele é um excelente jogador, foi bem logo de cara, cravou o Main Event de field histórico. Lembro de perguntar se ele ia disputar o ranking e ele falou que não, mas eu estava desconfiado de que ele iria disputar a reta toda. Sabia que ia ser difícil, porque é muito bom jogador, já enfrentei ele em várias retas finais.

Com tantas conquistas já, que objetivos você ainda tem na carreira?
Um bracelete da WSOP acho que é um objetivo que todo jogador tem, gostaria de ter no currículo. Mais um do BSOP seria legal, porque cresceu muito, eu tenho um do Main Event de Brasília. Neste ano talvez eu rode um pouco mais o circuito, nos outros anos estava mais em São Paulo, para tentar mais um BSOP.

Os jogadores sempre te elogiam bastante, dá para ver que você tem o carinho da galera, como é lidar com isso e não deixar subir à cabeça?
Com relação a isso eu sou de boa, não ligo muito para esse oba-oba. Eu já tinha o carinho do pessoal mesmo antes de ser campeão, então para mim é indiferente. Mesmo depois de ser campeão, estou jogando meu jogo normal, durinho ali (risos), não estou spewzando nem nada, para mim não afeta muito.

Qual o segredo para ser campeão paulista por dois anos consecutivos?
Lógico que você tem que jogar bem, estar com a conta regulada, mas acho que o segredo mesmo é a consistência. Jogar todo torneio, chegando no começo, dando rebuy quando precisa, grindar mesmo. Como são muitos torneios, o volume acaba fazendo muita diferença. O pessoal fica cansado, não tem aquele pique de jogar vários dias seguidos, ou dois, três torneios no mesmo dia. Acho que é mais a consistência mesmo.

Dedica essa conquista para alguém?
Para todo mundo que fica torcendo aí. Eu vejo muito na cobertura do Mebeliska, do SuperPoker, no Instagram do H2, tem sempre um pessoal dando apoio, então vai para todos que ficam na torcida.

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