Aos gritos de “Uh! Vai morrer!”, o público presente à Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, saudava os rivais de lutadores brasileiros no UFC 237.
Cantado em uníssono, o refrão atiçava os lutadores, que pareciam ter mais forças para enfrentar os seus adversários. No caso de Anderson Silva e José Aldo, nomes grandiosos da história do MMA brasileiro, não adiantou. Ambos foram derrotados. Silva por uma lesão e Aldo por decisão dos juízes. Thiago Pitbull e Beth Correia também perderam.
Quem brilhou foi Jéssica Andrade, a Bate-Estaca, que conquistou o título mundial feminino no peso-palha. Paranaense de 27 anos e 52kg distribuídos por 1,57m, Jéssica derrotou a americana Rose Namajunas utilizando-se do golpe que lhe dá o apelido e consiste em erguer a adversária e jogá-la no chão.
Quando conseguiu encaixar o Bate-Estaca, na segunda tentativa, Jéssica não vivia grande momento na luta. Mesmo com a cena de Namajunas batendo a cabeça de lado no piso do octógono, a arena veio abaixo e comemorou efusivamente.
O que o pôquer tem a ver com isso?
Bem, o amigo leitor deve estar se fazendo essa pergunta e procurando entender o porquê de um site e canal especializados em pôquer estarem falando do UFC 237.
O motivo é que UFC e pôquer viraram parceiros desde a versão 232 do maior evento de MMA do Mundo, que aconteceu em 29/12 em Las Vegas, por meio de um acordo entre o evento de lutas a a Pokerstars.
Na primeira semana de abril, quem jogou Spin and Go na plataforma, pôde ver isso, já que a modalidade oficialmente se tornou UFC Spin And Go.
Aqui no Brasil, a parceria foi expandida. Os lutadores Johnny Walker, que apesar do nome é um gigante brasileiro de 27 anos, 1,95m e 92kg, e Daniel Cormier, 40 anos e considerado um dos maiores lutadores da história do UFC, foram oficialmente anunciados como embaixadores da plataforma.
Sobre jogar pôquer, Johhny Walker disse: “Vou desenvolver uma característica nova nas mesas. No Octagon sou bastante agressivo e intenso. No pôquer, como ainda sou inexperiente, vou precisar me adaptar.”
O anúncio foi feito com a participação do Team Pro André Akkari e contou com os diretores de comunicação do Stars Group e também com Bruce Buffer, locutor e considerado a "voz" do UFC.
Mas as coisas não ficaram restritas apenas aos novos embaixadores. Pela cidade do Rio de Janeiro, se viram grafites com as cartas de baralho comemorativas da parceria, onde os diversos lutadores do card eram retratados. A escadaria Selarón, no bairro da Lapa, foi um desses lugares.
Na Arena, dois lounges da plataforma recebiam fanáticos do pôquer, UFC e curiosos que queriam saber mais sobre o jogo. Além disso, uma escultura de areia com dois jogadores em uma mesa de pôquer recebia o público (abaixo).
O SuperPoker foi representado por este que vos escreve e por Fábio Martins, o vencedor do freeroll SuperPoker Fight Card, que teve a participação de 1.259 participantes. Emocionado, o paulista de Quatá comemorou a presença no evento:
- Sou fã do Anderson Silva no UFC e do Akkari no pôquer. É emocionante estar aqui no meio de tantas feras. Uma experiência única que não vou esquecer.
A luta continua
Ao término da luta de Jéssica Andrade e Rose Namajunas, o público deixou o ginásio e boa parte se dirigiu ao hotel Windsor Marapendi, que foi palco da primeira etapa do Campeonato Carioca de Texas Hold'em.
A surpresa ficou por conta da presença de alguns lutadores no lobby do hotel, confraternizando com o público fiel do UFC, que estava hospedado no hotel, onde era fácil ver Bruce Buffer jantando sozinho e lutadores transitando.
No regresso, um desses lutadores que circulava tranquilamente era Jared Cannonier, que havia derrotado Anderson Silva e ouvido uma vaia ensurdecedor na Jeunesse Arena.
Com uma cerveja na mão e muito espírito esportivo (de ambos os lados), o americano tirava fotos com os fãs e em algum lugar, do bar do Windsor Marapendi, um grupo gritava para o gringo: “Uh! Vai beber!”.
Esperamos ansiosamente os fãs de UFC nos eventos de pôquer
* Este conteúdo é desenvolvido em parceria com o SuperPoker