Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começam no dia 5 de agosto, mas para alguns judocas do Brasil a disputa tem início nesta sexta-feira. Afinal, até domingo ocorre o Grand Prix de Havana (CUB), a primeira competição da temporada, uma das últimas para definir os classificados à Rio-2016.
Nesse momento, nenhum brasileiro está garantido, afinal, a classificação olímpica só será definida no fim de maio. Mas se em certas categorias alguns estão com a situação um pouco mais tranquila, em pelo menos oito (de um total de 14), a competição está acirrada. E nem a campeã olímpica Sarah Menezes (até 48kg) está tranquila.
– Queria que todas as 14 categorias tivessem essa briga. Vejo crescimento dessas classes no âmbito internacional, isso gera uma maior produção, o atleta não pode entrar em uma zona de conforto. As mais disputadas terão atletas bem fortes na briga pelo pódio olímpico - afirmou o gestor de alto rendimento de Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson, ao site LANCE!.
Charles Chibana (66kg), Victor Penalber (81kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg) e Mayra Aguiar (78kg) são aqueles com a situação mais confortável nesse momento.
A disputa mais curiosa envolve Sarah Menezes. Mesmo com o ouro de Londres-2012, ela não está garantida nos Jogos do Rio. Afinal, Nathália Brígida tem somente 100 pontos de desvantagem no ranking. E tal classificação será usada na hora de definir a Seleção. Mas não será o único critério adotado.
– A definição será essencialmente pelo ranking, mas não somente por ele. Quanto menos precisarmos interferir, melhor. Mas obviamente, sempre ocorre algo imprevisto. Como um atleta que apresentou bons resultados até o momento, mas sofreu uma lesão que o afasta por um mês. Isso pode gerar uma distorção no ranking. Ou aquele que estava bem agora, mas marca poucos pontos até maio, e surge outro que encoste, mas não ultrapasse. Nesse momento, esse segundo atleta está melhor preparado. Isso é claro, apesar da classificação – disse Wilson.
A CBJ preparou um calendário especial para cada judoca. Tudo para os atletas terem as mesmas chances. Quem vai levar a melhor?
Brasil tem 12 atletas em Cuba
O Brasil terá com 12 atletas no Grand Prix de Havana (CUB). Nesta sexta-feira, lutam: Felipe Kitadai (até 60kg), Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Sarah Menezes (48kg) e Rafaela Silva (57kg). As lutas começam às 13h (de Brasília), com as finas a partir das 20h.
Também estão na competição: Alex Pombo (73kg), Leandro Guilheiro (81kg), Tiago Camilo (90kg), Rafael Silva (+100kg), Mariana Silva (63kg), Maria Portela (70kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).
QUEM LEVA A VAGA?
A disputa
Como sede, o Brasil tem direito a contar com um judoca em cada uma das 14 categorias na Rio-2016. A definição dos classificados será pelo ranking mundial a ser divulgado no fim de maio. No entanto, caso haja alguma “distorção” a CBJ pode escolher um atleta que não seja o melhor de seu peso.
“Tranquilos”
Nesse momento, seis judocas estão com a situação mais tranquila e não possuem muitos rivais no país: Charles Chibana (66kg), Victor Penalber (81kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg) e Mayra Aguiar (78kg).
Briga boa
– 60kg: Eric Takabatake tem 71 pontos de vantagem sobre Felipe Kitadai;
– 73kg: Marcelo Contini tem 49 pontos sobre Alex Pombo;
– 90kg: Tiago Camilo tem oito pontos sobre Eduardo Bettoni;
– 100kg: Luciano Corrêa tem dez pontos de vantagem sobre Rafael Buzacarini;
– +100kg: David Moura tem 150 pontos sobre Rafael Silva;
– 48kg: Sarah Menezes tem 100 pontos diferença sobre Nathália Brígida;
– 63kg: Mariana Silva tem 41 pontos sobre Ketleyn Quadros;
– +78kg: Rochele Nunes tem 38 pontos de vantagem sobre e Maria Suelen Altheman.