Corte de gastos leva Rio-2016 a abrir mão do lugar marcado em arenas

Após redução de 20 mil voluntários, competições no Riocentro e Deodoro terão apenas setores reservados, mas a escolha das cadeiras será livre para facilitar a circulação

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Como consequência da necessidade de cortar despesas em um momento delicado da economia brasileira, o Comitê Rio-2016 vai flexibilizar a circulação dos espectadores em algumas arenas durante as competições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano.

A entidade reduziu o número total de voluntários de 70 mil para 50 mil, o que afetou o plano original de operações nas instalações. Agora, o público não terá lugar marcado nos eventos realizados nos quatro Pavilhões do Riocentro, no Complexo de Deodoro, no Sambódromo e em setores do Estádio Nilton Santos.

Quem comprou entradas para estes locais será notificado apenas sobre a área ou setor onde deverá assistir às competições, mas a escolha dos assentos é livre. A justificativa foi facilitar o acesso às arenas,  já que não haverá um grande efetivo de profissionais para auxiliar na circulação das pessoas.

– Teremos um número de voluntários menor do que o previsto, então tudo terá de ser mais eficiente (do que antes). Além disso, estamos chegando a um nível de vendas em que é preciso entregar os ingressos e é preciso vender o que resta. Algumas soluções técnicas não estavam totalmente prontas, e poderia haver risco de atrasar o processo  – explicou o Diretor de Comunicações do Comitê Rio-2016, Mario Andrada.

Os Pavilhões do Riocentro receberão modalidades como badminton, levantamento de peso olímpico e paralímpico, tênis de mesa olímpico e paralímpico, boxe e vôlei sentado.

Em Deodoro, haverá disputas de hipismo, canoagem slalom, ciclismo BMX e MTB, hóquei sobre a grama, rúgbi, hipismo do pentatlo moderno e combinado (corrida e tiro) do pentatlo moderno e futebol de 7, entre outras.

De acordo com Andrada, a decisão não está relacionada a uma eventual preocupação das televisões detentoras dos direitos de exibição dos Jogos com a possibilidade de as arenas não encherem, devido à baixa popularidade dos esportes afetados. 

– Com menos voluntários e uma estrutura mais enxuta, nós precisamos garantir a agilidade. Pesou mais essa questão, e a facilidade de entrar e sair das arenas – disse Andrada.

A medida não agradou a todos os organizadores. Internamente, um grupo acredita que a falta de especificação de cadeiras pode causar desconforto ao público presente. Outra corrente acredita que se trata de um procedimento comum em eventos no Brasil.

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