Pia Sundhage é uma das responsáveis pelo recente predomínio norte-americano no futebol feminino. Sob a batuta da treinadora, Hope Solo, Megan Rapinoe, Carli Lloyd, Alex Morgan e companhia conquistaram em Londres 2012 o bicampeonato olímpico para os Estados Unidos. Em Pequim 2008, a seleção americana já havia ganho o ouro com a técnica no comando. Nesta sexta (12), porém, quando forem cumprimentar Sundhage no gramado do Mané Garrincha, verão a técnica vestida com um traje distinto: o agasalho azul e amarelo da Suécia. Sueca, Pia Sundhage assumiu o desafio de treinar a seleção de seu país e tentar conduzi-la a uma inédita medalha olímpica. Para isso, no entanto, terá de eliminar o grande favorito à conquista do ouro no futebol feminino, composto por várias jogadoras que foram suas pupilas entre 2007 e 2012.
Além disso, a treinadora terá o desafio de fazer com que o setor ofensivo sueco se saia melhor do que demonstrou até aqui na competição. Com apenas dois gols marcados, em três partidas, a Suécia tem o pior ataque dentre as oito equipes quadrifinalistas, ao lado da China. A única vitória das suecas na primeira fase veio contra a África do Sul, depois de sofrer goleada de 5 a 1 para o Brasil. O empate sem gols com a China, na última terça (9), mostrou que a equipe dirigida por Sundhage ainda tem muito a evoluir. Contudo, deu às nórdicas o direito de seguir sonhando com medalha graças à classificação para a fase seguinte como uma das duas melhores terceiras colocadas entre os grupos.
Seleção mais forte da atualidade, os Estados Unidos cumpriram com as expectativas ao passar na primeira colocação do grupo G para enfrentar as Suecas nas quartas de final. O que não quer dizer que as americanas, agora treinadas por Jill Ellis, não tenham enfrentado dificuldades durante a primeira fase do torneio olímpico. As atuais bicampeãs do mundo estrearam bem contra a Nova Zelândia, mas sofreram para ganhar de 1 a 0 das francesas. O empate na rodada final contra a Colômbia, por 2 a 2, fechou a fase de grupos com chave de surpresa e decepção para as norte-americanas. Sobretudo por verem a goleira Hope Solo, considerada a melhor do mundo, levar dois frangos e fazer a alegria da torcida brasileira, que pega no seu pé desde o início das Olimpíadas por causa do "kit zika".
Mas o jogo das 13h no Mané Garrincha, em Brasília, é o início de uma nova fase no torneio e um novo começo para duas seleções que ainda estão devendo na competição. Quem vencer o confronto desta sexta, terá pela frente, nas semifinais, o ganhador do duelo entre Brasil e Austrália, que jogam às 22h no Mineirão.
Ficha do Jogo:
Estados Unidos x Suécia
Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Data/hora: 12/08/2016, às 13h
EUA: Hope Solo, Kelley Ohara, Sauerbrunn, Engen, Klingenberg; Bryan, Heath, Carli Lloyd, Long; Alex Morgan, Crystal Dunn (T: Jill Ellis)
SUÉCIA: Lindahl, Sembrent, Fischer, Eriksson, Samuelsson; Seger, Rubensson, Dahlkvist, Fridolina Rolfo; Schelin, Schough (T: Pia Sundhage)
Árbitra: Anne-Marie Keighley (NZL)
Assistentes: Sarah Jones (NZL) e Lata Kaumatule (TGA)