Os brasileiros Evandro e Pedro Solberg já haviam ligado o sinal de alerta para os cubanos Díaz e González antes da estreia nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Sabiam que os oponentes não estavam na capital fluminense para brincadeira. O curioso é que os caribenhos sequer disputam o Circuito Mundial, torneio de elite da modalidade. Mas, em Copacabana, levaram a melhor nos detalhes por 2 sets a 1, parciais de 24-22, 21-23 e 15-13, pelo Grupo D, neste domingo.
Pedro se mostrou até surpreso ao responder aos jornalistas sobre o motivo de os algozes estarem tão mal posicionados. A classificação dos cubanos foi assegurada em julho, no classificatório da Norceca, entidade que abrange América do Norte, América Central e Caribe. Se na quadra a ilha já viveu períodos gloriosos nos anos 1990, na areia não foi bem assim.
Até hoje, o melhor resultado do vôlei de praia cubano em Jogos Olímpicos foi a sétima colocação de Francisco Alvarez/Juan Rossell, em Atlanta-1996, quando a modalidade estreou no evento.
- Não sei porque eles não disputam o Circuito. Ficaram em nono lugar na Copa do Mundo e foram campeões da Copa Continental. Jogaram melhor e estão de parabéns - disse o brasileiro, que faz sua estreia em Jogos Olímpicos.
- Eles estão mais leves, não só pelo fato de não jogar em casa, mas pela posição deles no ranking, Todo cabeça de chave entra com pressão muito maior, pois tem muito mais a perder - disse Pedro.
As duplas já haviam se enfrentado no ano passado, na Holanda, quando os brasileiros levaram a melhor no sufoco. Apesar disso, Díaz e González chegaram como azarões ao Rio.
– Sabemos que seria uma partida difícil, mas vimos que era possível vencer. À medida que você vai jogando, fica menos tenso - disse Díaz, de 22 anos.
Evandro tentou sair de cabeça erguida e confiante. O próximo compromisso da dupla é terça-feira, contra os canadenses Schalk e Saxton, às 10h.
- Por incrível que pareça, todos os torneios que ganhamos começamos perdendo. Não estou falando que iremos ganhar, mas podemos - disse.