Os vários problemas enfrentados pelo Comitê Rio-2016 na organização dos Jogos Olímpicos tem obrigado a entidade a realizar cortes de gastos em várias áreas do evento. Casos como os reparos que precisaram ser feitos na Vila Olímpica, por exemplo, levaram os organizadores a reduzir despesas com alimentação de funcionários, energia e contratação de mão-de-obra até então previstas a realização da Olimpíada.
Segundo o diretor de comunicação do Comitê Rio-2016, novos cortes poderão ocorrer em qualquer área do evento e que as iniciativas têm sido necessárias para não ultrapassar o orçamento previsto para a Olimpíada.
- A rigor tudo pode ser cortado. Só não pode cortar a segurança dos atletas, a qualidade da competição e arena dos Jogos. A pressão agora é normal. Vamos fazer os Jogos do ponto de vista financeiro super apertado o tempo inteiro - comentou Andrada, que não soube informar o valor extra que o Comitê teve que realizar nos últimos dias por conta dos imprevistos.
Segundo ele, a entidade não extrapolou o caixa financeiro do Comitê mas que tem sido grande a necessidade de equalizar o investimento que tem sido necessário realizar neste momento e o dinheiro que ainda tem para entrar no caixa da entidade. Ainda de acordo com Andrada, o Comitê não precisou solicitar uma ajuda para o COI antecipar pagamentos previstos dentro dos US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 4 bilhões) que serão investidos pela entidade internacional na Rio-2016.
- Essa é a diferença em fazer os Jogos sem uma torneira de dinheiro público. Então, vai ser apertado direto. A posição do COI foi que, se a coisa apertar, nós vamos ajudar. Mas fizemos uma opção clara por Jogos economicamente sustentáveis e vamos ter que tomar decisões todos os dias. Isso dá muito mais trabalho - afirmou Andrada.