O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, fez um balanço do desempenho brasileiro nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Ele considerou satisfatória a performance da delegação nacional e não levou em conta a meta lançada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) - e abraçada pelo Plano Brasil Medalhas - de o país ficar entre os dez melhores no quadro de medalhas.
Segundo Picciani, usar o número de medalhas como critério de avaliação não é algo válido.
- Tivemos 11 medalhas inéditas, sendo dez em modalidades individuais. Tivemos evolução significativa. Tivemos finais inéditas, muitas modalidades não eram tradicionais no país. O Brasil disputou 50 finais no Rio contra 36 em Londres. Esse é um dado que o ministério considerou como o principal. Entendemos que a conquista de uma medalha olímpica depende de uma série de fatores, peculiaridades que ocorrem na competição. Portanto, não podem ser apenas as medalhas o parâmetro de atuação da delegação de um país - afirmou o ministro, em coletiva realizada neste domingo.
Apesar de a meta de estar no Top-10 olímpico constar do site oficial do Ministério do Esporte, Picciani disse que ela não foi estabelecida por ele.
- Não posso considerar descumprido algo que não foi estabelecido como meta, mas o Ministério está satisfeito com a atuação brasileira. Tivemos evolução da atuação praticamente em todas as modalidades - comentou.
A projeção do ministro do Esporte é não deixar o volume de investimentos com atletas e infraestrutura cair para o ciclo de 2020. E o alvo é que o resultado esportivo seja reflexo disso.
- Nossa meta de 2020 é superar os resultados de 2016, a exemplo do que ocorreu em 2016, superando largamente os de 2012. De modo geral, foram investidos cerca R$ 4 bilhões neste ciclo, contando a partir de 2010, sendo R$ 3 bilhões em infraestrutura e o restante na preparação dos atletas - afirmou Picciani.
Na apresentação, o ministro citou que dos 465 convocados, 358 (77%) recebem Bolsa Atleta ou Bolsa Pódio, ou seja, têm investimento do governo federal.