A construtora responsável pelas obras de modernização do Estádio de Remo da Lagoa, palco das competições de remo e canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos Rio-2016, ameaça paralisar os trabalhos por falta de pagamento. A informação foi divulgada na edição da última terça-feira do RJ TV, da TV Globo.
De acordo com a reportagem, a dívida do estado com a Giver Engenharia chega a R$ 317 mil. A empresa, que venceu a licitação para construir a torre de chegada e reformar a garagem de barcos pelo valor de quase R$ 4,5 milhões, não recebe desde setembro deste ano e já dispensou funcionários.
O governo estadual vive um momento financeiro delicado em diversas áreas. Outros operários devem ser mandados embora até o final da semana.
O estádio recebeu em agosto deste ano o Mundial Junior de remo, evento-teste da modalidade. A competição aconteceu em meio às obras.
Empreiteira confirma caso, mas Empresa de Obras Públicas dá outra versão
Nesta quarta-feira, o LANCE! entrou em contato com o sócio-diretor da construtora. Ele disse que não poderia comentar o caso, mas confirmou que as informações divulgadas procedem.
A Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), deu outra versão ao caso, e afirmou que, graças ao bom andamento das obras, o número de operários foi reduzido de 60 para 15.
A empresa disse que, do montante de R$ 4.411.910,75 (financiamento do Banco do Brasil) pelo custo da obra, já foram pagos R$ 3.193.669,28, restando só o repasse de R$ 1.218.241,47. Os três meses de atraso no pagamento à construtora totalizam cerca de R$ 317 mil.
Na torre de chegada, falta a instalação de dois elevadores, enquanto sete das nove garagens de barcos foram concluídas. A Emop afirma que o atraso nos pagamentos acontece devido à falta de repasse do Banco do Brasil, que financia a obra.
Nenhuma das entidades envolvidas confirmou se a demora na conclusão da construção pode prorrogar a entrega da instalação no Rio.
* Nota atualizada às 20h48 do dia 2 de dezembro de 2015