Rafaela Silva caiu nas Olimpíadas de Londres em luta polêmica contra a húngara Hedvig Karakas, sendo eliminada por um golpe ilegal - uma catada de perna, proibida pelo regulamento da modalidade. No mesmo dia, o 30 de julho de quatro anos atrás, ela usou o Twitter para "prever" o que ocorreria no dia 8 de agosto de 2016, no Rio de Janeiro, sua cidade.
- Para a galera que me ajudou, me deu força, torceram por mim, muito obrigada, desculpe pela minha participação poderia ser melhor mas tem 2016 aí - escreveu a judoca nascida na Cidade de Deus, favela carioca.
Não deu outra: nesta segunda-feira, "teve 2016" para ela. E muito. Possivelmente, mais até do que ela sonhava ao cair tão cedo em Londres.
Ganhando quatro lutas com waza-ari, o golpe de segunda maior pontuação no judô, ela conquistou a medalha de ouro, a primeira do Brasil nas Olimpíadas em casa.
Quando foi eliminada há quatro anos, foi alvo de racismo nas redes sociais. Usou a mesma para dar um aviso, mesmo que ninguém tenha percebido: ela voltaria. Para não mais sair da história.