A poucos dias de colocar a sexta edição de Jogos Olímpicos no currículo, podendo nela conquistar a sexta medalha, Robert Scheidt pode alcançar uma outra marca de expressão: ser pela segunda vez o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos e ainda formar junto à esposa um casal de atletas que levarão as flâmulas dos respectivos países em um mesmo evento.
É que a outra integrante da família, a também velejadora Gintare Scheidt, levará a bandeira da Lituânia. Algo inusitado, que contagia o esposo, um dos três concorrentes brasileiros para receber a honraria.
- Ela está muito feliz com essa questão. Ela recebeu a bandeira do presidente da Lituânia, está bem emocionada. Ela me perguntou como é... O importante é ser espontâneo, fazer a bandeira voar, sorrir para o público e curtir aquele momento único - disse Robert, ao comentar a expectativa da esposa.
Mas Robert ainda precisa vencer uma eleição com voto popular na qual disputa com o líbero Serginho, do vôlei, e com Iane Marques, do pentatlo moderno, o direito de carregar a bandeira brasileira.
- Qualquer um que for escolhido vai representar bem. Se me derem a honra, vou com muita vontade, vai ser com muita felicidade. Já carreguei em 2008, em Pequim. Uma das maiores emoções da carreira olímpica foi carregar a bandeira, fora o pódio, claro. Mas dessa vez seria diferente, no nosso país, sendo o último a entrar na cerimônia de abertura, provavelmente muito aplaudido. É uma emoção indescritível - comentou o bicampeão olímpico da vela.
Robert ainda é meio reticente, mas já ensaia uma despedida após a Rio-2016.
- Provavelmente vai ser minha última Olimpíada. É difícil dizer "nunca mais vou fazer isso". A Olimpíada fica muito dentro de você, mas eu não me vejo na Laser por mais quatro anos - completou.