‘Seleção não engana ninguém. Futebol brasileiro não encanta mais’

Especialistas do LANCE! apontam falhas após novo empate sem gols dos comandados de Rogério Micale na fase de grupos da Rio-2016

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A Seleção Brasileira segue decepcionando em seu início na Rio-2016. Na noite do último domingo, os comandados de Rogério Micale passarem em branco diante do Iraque e aos gritos de "Marta".

Embora reconheça a maneira como a Seleção lutou em campo, o colunista do LANCE!, João Carlos Assumpção, lamentou a postura "mascarada" dos jogadores:

- A Seleção não deixou de lutar, mas novamente apresentou um futebol muito ruim e não engana ninguém. Os jogadores, ao contrário das mulheres, reclamam de tudo, querem apitar a partida, simulam faltas e a dão a impressão de estar acima do bem e do mal. Isso irrita. Não por acaso, a torcida não se identifica, pois sabe que os atletas são milionários, ao contrário das demais modalidades. O futebol passa a impressão de atletas mascarados. 

Além de questionar a maneira como a imprensa mostrou confiança exagerada no técnico, o colunista ressalta o "peso" que os jogadores vêm sentindo na Olimpíada:

- Antes de começar o torneio, vi muito jornalista apontando nosso treinador como gênio. Agora virou um burro completo. E para alguns jogadores, vestir a camisa da Seleção virou um fardo completo. Temos de reconhecer que somos um time comum. Ainda acho que podemos levar o ouro, mas o futebol brasileiro não encanta mais. Há um divórcio entre torcida e Seleção.

Assumpção, porém, diz que o problema vem da CBF, e critica a postura de Marco Polo Del Nero sobre os "ultimatos" a Micale:

- Quem é Marco Polo Del Nero  para liderar? Um sujeito que, pelo jeito, nem sair do país pode. A CBF deveria deveria ser comandada por um colegiado e refundado com outro nome.

Editor do LANCE!, Valdomiro Neto atribui à pressão excessiva sobre os jogadores e a fatores que conduzem ao nervosismo.

- As atuações abaixo da crítica da Seleção na Olimpíada são difíceis de explicar por um fator. Pressão emocional por jogar em casa com vários atletas "jovens" com a missão de resgatar o futebol brasileiro. Trabalho feito à pressão - Micale achava que não seria o técnico até a demissão de Dunga. Neymar em início de temporada. Impaciência da torcida. Adversários mais preparados do que se supunha. Time desentrosado. Pode ser um combo disso tudo

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