Uma Olimpíada começa, normalmente, com diversas dúvidas. Quem irá vencer tal prova, quem será a zebra, quem será o destaque... Ao fim dos Jogos do Rio, porém, a pergunta que fica será: de que planeta veio Simone Biles? Nesta quinta-feira, com tranquilidade, a americana conquistou seu segundo ouro no Brasil, no individual geral da ginástica artística. A brasileira Rebeca Andrade ficou em 11º lugar, enquanto que Jade Barbosa não conseguiu terminar a competição por conta de uma torção no tornozelo.
A brasileira abandonou a arena logo em seu segundo aparelho, o solo, de cadeira de rodas e chorando, dando fim precoce à sua participação nos Jogos.
Em alguns momentos, parecia que uma zebra poderia aprontar. A americana Alexandra Raisman, as russas Aliya Mustafina e Seda Tutkhalian, e até mesmo Rebeca, chegaram a tirar boas notas. Mas, esqueçam, a dona da ginástica artística atualmente é uma só. E atende pelo nome de Simone.
A pequena de 1,45m e 19 anos é, talvez, um dos seres com maior poder de encantamento no mundo. Exagero? Pode até ser. Mas não queira duvidar caso algum espectador presente na Arena Olímpica do Rio de Janeiro disser isso.
A dificuldade imposta por suas rivais na decisão do individual geral foi momentânea. No salto, primeiro elemento, Biles foi a melhor (15,866). Nas assimétricas, segundo, foi a sétima (14,966). Na trave, novamente não viu rivais à frente (15,433). Por fim, no solo, fechou com chave de ouro, da forma mais literal que a figura de linguagem possa parecer, com 15,933.
A medalha de prata ficou com a também americana Alexandra Raisman, enquanto o bronze foi da russa Aliya Mustafina.
Duas finais disputadas e dois ouros conquistados. Enquanto a Olimpíada do Rio de Janeiro não chega ao fim e, assim, a pergunta sobre o "planeta natal" de Simone Biles não é respondida, o que resta questionar é: quem pode parar a ginasta americana? Até o momento, ninguém.
Brasileira termina entre as 11 melhores do mundo
Rebeca Andrade entrou na decisão do individual geral com a terceira melhor marca nas eliminatórias, entre as atletas que participaram da final. Dessa forma, era tida como uma das favoritas ao pódio no Rio. Porém, terminou na 11ª colocação geral na Arena Olímpica.
A brasileira abriu a competição marcando uma das melhores notas no salto, mas teve um desempenho ruim nas barras assimétricas e na trave e, dessa forma, ficou fora da briga pelo pódio.
Jade Barbosa sai de cadeira de rodas
O ponto triste do dia ficou mesmo por conta de Jade Barbosa. Em seu segundo aparelho, o solo, a ginasta sofreu uma queda, machucou o tornozelo direito e abandonou a competição. A atleta ainda tentou continuar na apresentação, mas começou a chorar, com muita dor, e deixou a Arena amparada pelos técnicos e médicos em uma cadeira de rodas.