– Com certeza, foi um milagre. Isso é indiscutível.
Foi dessa maneira que o varista Thiago Braz resumiu sua classificação para a final do salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, a partir das 20h35 (de Brasília). Agora, será que para garantir uma inédita medalha o brasileiro vai precisar de mais uma ajuda divina?
O atleta do Brasil sabe que terá uma missão difícil pela frente. Apesar de ter passado para a decisão com a terceira colocação, com o salto de 5,70m, tal marca ainda está bem longe da atingida pelos últimos campeões olímpicos. Desde a Olimpíada de Atlanta-1996, o medalhista de ouro na prova tem saltado, pelo menos, para 5,90m.
Em 1996, o francês Jean Galfione ficou com o título, com 5,92m. Quatro anos depois, o americano Nick Hysong terminou na primeira posição em Sydney-2000, com 5,90m. Em seguida, os medalhistas de ouro foram: o americano Tim Mack (com 5,95m, em Atenas-2004), o australiano Steve Hooker (com 5,96m, em Pequim-2008) e Renaud Lavillenie (com 5,97m, em Londres-2012).
Braz tem como melhor salto de sua carreira os 5,92m atingidos em Baku (AZE), em junho de 2015. Nesta temporada, ele chegou aos 5,90m, em Silandro (ITA), no mês passado.
– Quero manter meus resultados de 5,80m, 5,90m. Com isso, posso chegar perto de uma medalha. Não vou garantir, tudo pode acontecer. Mas é o que temos como foco – avaliou.
Braz classificou como milagre sua ida para a decisão após falhar duas vezes na tentativa de 5,45m e logo arriscar os 5,70m em sua terceira, e última, tentativa na eliminatória. Repetir os melhores saltos da carreira nos Jogos é difícil, mas não impossível. Afinal, como mesmo disse o brasileiro, milagres acontecem.