O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, festejou nesta segunda-feira, em Lausanne (SUI), a passagem da chama dos Jogos Olímpicos Rio-2016 da tradicional pira para uma pequena lamparina, em cerimônia no Museu Olímpico. É por meio deste procedimento que o fogo conseguirá ser transportado de avião até o Brasil. O mandatário descartou qualquer temor em relação ao megaevento, devido ao contexto político atual.
- Tenho acompanhado a situação política do Brasil nas últimas semanas, mas estamos em uma fase operacional agora. Não é mais um momento político dos Jogos. Há um grande apoio da população. Vemos as disputas políticas, mas há um projeto que une todos os brasileiros me políticos neste momento. É por isso que não há razões para nos preocuparmos - disse o mandatário.
O dirigente esteve ao lado do presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, que viajará na noite desta segunda para Brasília, onde acontecerá o início do revezamento em solo brasileiro. Ciente da iminente queda da presidente Dilma Rousseff, o mandatário do COI disse não acreditar em uma má receptividade da população ou em protestos.
- Os brasileiros irão respeitar a dignidade da chama olímpica e o que ela representa, como a tolerância e não-discriminação. A chama não representa uma opinião política. Devido ao grande apoio do povo brasileiro, acredito que os grupos que protestam devem respeitar a chama. Alguns poderão expressar suas opiniões, mas não deverão tentar trazer os Jogos para a disputa política do país - opinou o alemão.
Em meio aos cortes de despesas do Comitê Organizador, aos recentes problemas em eventos-teste e à queda de parte de uma ciclovia construída no Rio de Janeiro como parte do legado olímpico, Bach não demonstrou qualquer sinal de temor e pouco mais de três meses para a cerimônia de abertura.
- Não há preocupação. Estamos totalmente confiantes na preparação do Rio de Janeiro e do Brasil. Teremos grandes Jogos Olímpicos.
A chama chega a Brasília na manhã desta terça-feira para o acendimento da tocha olímpica. No país-sede dos Jogos, ela passará por 326 cidades.
* O repórter viaja a convite da Coca-Cola.