Usain Bolt volta a dar show e conquista o nono ouro em Olimpíadas

Desta vez, a vitória veio na prova do revezamento 4 x 100 m, na qual o astro foi decisivo para o triunfo da Jamaica. Pode ter sido sua despedida olímpica

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Quis o destino que a última (até prova em contrário) participação de Usain Bolt em uma prova válida pelos Jogos Olímpicos acontecesse em uma noite com clima perfeito, clima agradável e com uma bela lua cheia para completar o cenário do Estádio Olímpico do Engenhão. E parece que o jamaicano quis agradecer tamanha deferência brindando o público com um novo show. Nesta sexta-feira, ele conseguiu o que parecia impossível: tornar-se o primeiro atleta da história a conquistar um tricampeonato consecutivo em três provas diferentes.

Desta vez, o show veio com a vitória no revezamento 4 x 100 m, com a marca de 37s27. A medalha de prata ficou para a surpreendente equipe do Japão, cravando o tempo de 37s60, enquanto o bronze acabou ficando para o Canadá, com 37s64. Os Estados Unidos, que tinham terminado em terceiro, acabaram desclassificados. Outra equipe desclassificada foi a de Trinidad e Tobago.

Com esse resultado histórico, Bolt simplesmente igualou-se a duas outras lendas do atletismo mundial, o finlandês Paavo Nurmi e o americano Carl Lewis, também donos de nove ouros olímpicos.

O Brasil fez parte indireta do adeus de Bolt nas Olimpíadas, com a 6ª posição obtida pelo time formado por Ricardo de Souza, Vitor Hugo dos Santos, Bruno Lins e Jorge Vides, que completou a prova em 38s41.

Havia a expectativa que essa terceira conquista de Bolt fosse ainda mais difícil, não por causa dele, mas em razão de seus companheiros, que não passam por uma boa fase física e técnica, com Yohan Blake e Nickel Ashmeade e um veterano que nem sequer conseguiu índice para provas individuais na Rio-2016, Asafa Powell.

A prova acabou sendo equilibrada, como se esperava, até que o bastão fosse entregue de Ashmeade para Bolt. A partir daí, o jamaicano destruiu a concorrência e abriu uma tranquila vantagem atrás de uma cena que tornou-se corriqueira nas últimas três Olimpíadas: uma prova terminar com vitória de Usain Bolt.

Pelo visto, essa cena aconteceu pela última vez no Engenhão nesta sexta-feira.

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