Capitão do Al Hilal, Carlos Eduardo descarta favoritismo do Flamengo: ‘Também somos campeões’
Carlos Eduardo, meia do Al Hilal e adversário do Flamengo na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, falou sobre a expectativa para o torneio e o reencontro com Jorge Jesus
A camisa de nº 3 não costuma chamar a atenção, mas Carlos Eduardo, além de ser o capitão do Al Hilal, tem tudo para comandar o time nesta terça, às 14h30 (de Brasília), no duelo com o Flamengo pela semifinal do Mundial do Clubes. Na véspera da partida, com transmissão tem Tempo Real do L!, o meia conversou com a reportagem sobre um dos jogos mais importantes de sua carreira.
O meia de 30 anos descartou qualquer status de favorito dado ao Flamengo, lembrando as conquistas recentes do Al Hilal e o elenco experiente a serviço de Razvan Lucescu. O volante colombiano Cuéllar, que deixou o time da Gávea em agosto deste ano, o francês Gomis e o italiano Giovinco - atacantes com passagens por suas seleções - são outros rostos conhecidos da equipe árabe.
- A gente chega forte. Também somos campeões, vencemos uma competição que é muito difícil, que é a Liga dos Campeões asiática. Eu tenho dito que eu não vejo essa questão de favoritismo, são times muito fortes que estão nessa competição. Vamos chegar fortes - afirmou o brasileiro, antes de completar:
'Tratando-se de um Mundial de Clubes inédito para o Al Hilal, com toda expectativa, é uma das partidas mais importantes da minha carreira, sim', afirmou Carlos Eduardo ao L!
- Temos uma equipe muito equilibrada, com vários jogadores experientes, que já disputaram competições grandes pelo mundo. Copa do Mundo, Liga dos Campeões… Respeitamos demais o Flamengo, mas vamos buscar essa final - avaliou.
Com passagens pelo Estoril e Porto (POR), e Nice (FRA), Carlos Eduardo chegou ao Al Hilal em 2015. No clube árabe, o meia trabalhou com Jorge Jesus entre julho de 2018 e janeiro de 2019. Assim como o treinador português, o camisa 3 não vê qualquer tipo de vantagem ao Rubro-Negro por conta disso, afirmando que Razvan Lucescu, atual técnico do Al Hilal, impôs seu estilo de jogo ao time.
- São poucas coisas que se mantém de um técnico para o outro. O técnico que chega impõe seu estilo, sua ideia de jogo, seus métodos de trabalho. Então, acho que não dá pra dizer que ainda há algo do seu trabalho dentro de campo.
O brasileiro, por outro lado, ressaltou a boa relação dos jogadores do Al Hilal com Jorge Jesus, apesar do português ter ficado pouco tempo no clube saudita.
- Ele é um treinador que gosta muito de trabalhar, da intensidade do dia a dia mesmo, tanto em treinos, como jogos. Realmente o período dele aqui foi bem curto, mas foi muito proveitoso. A relação com todos era muito boa - finalizou.
Confira outras respostas do meia Carlos Eduardo, do Al Hilal:
Você trabalhou com o Jorge Jesus na última temporada. Como foi esse período sob o comando do Mister?
Foi muito bom. Apesar de ter sido uma passagem curta dele por aqui, foi muito positivo, deixou algumas coisas aqui para gente, algumas das ideias do trabalho dele, principalmente fora de campo, como na questão de prevenção de lesões, etc.
De longe, tem conseguido acompanhar o futebol brasileiro?
A gente sempre vê as notícias, consegue ver o que está acontecendo, mas bem por cima mesmo. Até pela questão de diferença de horários é mais complicado acompanhar um jogo, assistir. Mas sempre que a gente pode estamos buscando nos informar.
Você fez sua carreira quase toda fora do Brasil. Enxerga neste Mundial de Clubes, especialmente por enfrentar o Flamengo, time de maior torcida, uma vitrine também para mostrar o seu futebol ao seu país, àqueles que não o conhecem?
Eu tenho uma carreira muito sólida, passei por grandes clubes, já estou aqui na Arábia há cinco temporadas construindo minha trajetória, então não penso muito nisso. Claro que é muito legal jogar contra o Flamengo em um jogo desse tamanho, o Brasil todo estará de olho nesse jogo, então vamos buscar fazer o nosso melhor.
É a partida mais importante de sua carreira?
Com certeza é uma das mais importantes. Já participei de jogos grandes, principalmente quando atuava na Europa, mas, tratando-se de um Mundial de Clubes inédito para o Al Hilal, com toda expectativa, é uma das partidas mais importantes da minha carreira, sim.