Após conseguir transformar um empate com o líder do Brasileirão em um resultado ruim, o Santos acumulou mais um placar negativo na competição nacional. Em uma tarde que começou com um fato 'atípico', o Peixe viu sua estratégia ir por água abaixo e saiu do Maracanã derrotado por 1 a 0 pelo Fluminense, continuando com o fantasma do rebaixamento no retrovisor.
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Depois de quase dois anos, João Paulo voltou a defender um pênalti durante o tempo regulamentar, impedindo que Leo Fernández abrisse o placar para o Tricolor. Para os santistas, a defesa significou um verdadeiro milagre, já que apesar de considerarem o capitão um grande goleiro, reconhecem a deficiência dele nas penalidades.
A estratégia do técnico Paulo Turra de abdicar do sistema ofensivo para 'estacionar o ônibus' e jogar nos contra-ataques funcionou até certo momento, visto que os atacantes adversários tiveram dificuldades em chegar à área do Peixe e trazer perigo a João Paulo. Porém, com uma bola perdida no último terço do campo, o feitiço virou contra o feiticeiro e, justamente no contra-ataque, Germán Cano foi letal e marcou o gol da vitória do Fluminense.
E não é a primeira vez que isso acontece. Na última rodada, diante do Botafogo, o Santos cumpriu a sua proposta de jogo até os minutos finais, mas viu o time carioca marcar dois gols em três minutos exatamente por falhar em sua principal estratégia: deixar a defesa bem postada jogando suas fichas na eficiência dos jogadores da frente - o que não vem acontecendo com frequência.
O Peixe vem encarando outro fantasma: os minutos finais. Nos jogos contra Cuiabá, Goiás, São Paulo, Botafogo e Fluminense, ou seja, em cinco das seis partidas de Turra no comando da equipe, o Santos sofreu gols depois da metade do segundo tempo, evidenciando a necessidade de melhora nas questões física e mental dos jogadores santistas. Isso pode ser vital, tendo em vista que o time deixou escapar pontos valiosos que desde já estão fazendo falta - um exemplo claro foi o empate com o Glorioso.
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Para uma equipe que quer se livrar de vez do perigo do rebaixamento, ainda é muito pouco - o que foi dito na coletiva após o jogo pelo próprio treinador. Com reforços à vista, o Santos precisa, além de qualificar o seu elenco, priorizar também as questões extracampo e principalmente o psicológico dos atletas. Só assim será possível ter uma perspectiva de melhora tanto a curto quanto a longo prazo para que enfim, como disse Paulo Turra, o Peixe volte para o seu 'devido lugar'.