Atraso de salários e déficit: conselho do Santos aprova antecipação milionária de receitas de 2024

Diretoria alega que o Peixe precisa do dinheiro para não terminar ano no 'vermelho'

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O Conselho Deliberativo do Santos aprovou a antecipação de R$ 30 milhões em receitas do próximo ano. A verba diz respeito à participação no Campeonato Paulista de 2024.

A razão da solicitação por parte do presidente Andres Rueda é a necessidade de melhorar o fluxo de caixa para arcar com salários de novembro e dezembro do elenco. Também há a alegação que o Peixe terminaria 2023 em déficit sem a antecipação das receitas. A aprovação das contas de todo o ano acontece somente em março de 2024.

URGÊNCIA

O pedido de antecipação das receitas aconteceu há cerca de uma semana e foi rapidamente aprovado pelo Conselho Fiscal. Por estar em período eleitoral, também foi necessária a aprovação por parte do Conselho Deliberativo do Santos. As eleições ocorrem na segunda metade de dezembro.

A atual e futura situação econômica santista é preocupante, pois a direção alega que não há dinheiro para honrar os compromissos atualmente.

Em 2024, agravado pela antecipação das receitas, o cenário também é ruim. Isso porque a próxima gestão deve precisar de empréstimos bancários ou de uma grande venda de jogador — como é cogitada a saída do atacante Marcos Leonardo — para manter o clube saudável financeiramente.

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A diretoria do Peixe afirma que a situação em que assumiu o clube, em 2021, era praticamente insustentável e precisou 'apagar incêndios' de outras gestões, pagando dívidas antigas como o 'Caso Leandro Damião'.

No orçamento santista, estava previsto que seria necessário vender jogadores para evitar essa situação. Deivid Washingon e Ângelo acabaram negociados com o Chelsea, da Inglaterra, mas o 'desespero' financeiro não foi evitado. Esse é justamente um dos questionamentos de opositores.

Rueda solicitou antecipação de verbas (Foto: Divulgação / Santos FC)

PROMESSA

Um dos lemas do presidente Rueda era não prejudicar as contas dos anos seguintes, evitando solicitar antecipação de receitas. Porém, o mandatário ficou mais 'flexível' sobre o assunto e não cumpriu o plano.

- Outra coisa importante é o seguinte: tomamos por regra não antecipar nada do ano que vem. Não tem nada antecipado do ano que vem. Cota do Paulista, Brasileirão, cota de televisão... Está tudo lá, virgem. Não peguei nada. Como consigo equilibrar o fluxo de caixa? - disse, em entrevista ao "Globo Esporte", antes de solicitar a antecipação.

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