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À base de fé, Oliveira vence marcas e lesão por novo protagonismo no Peixe

A um gol da marca dos 300, centroavante Ricardo Oliveira usa fé para superar lesão no joelho e elevar média de gols. Ao L!, ele se diz pronto para assumir mais responsabilidades

Ricardo Oliveira é titular absoluto do ataque santista
(Foto: Ivan Storti/Lancepress!)

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Ricardo Oliveira nunca foi um centroavante que se contentasse com pouco. Mas agora, aos 36 anos e após passagens por grandes clubes e Seleção Brasileira, o camisa 9 ainda não está satisfeito apenas em ser capitão e um dos principais jogadores do elenco.

Durante quase dois meses, porém, Oliveira foi obrigado a se contentar em tratar de inflamação no joelho direito. Recuperado, o artilheiro já participou de oito partidas. O resultado? Sete gols marcados e duas assistências.

Com média de 0,87 gol a cada 90 minutos nesse período, o “novo” Ricardo Oliveira supera todas as suas marcas. Ele está satisfeito? Claro que não! A um gol de alcançar a marca dos 300 na carreira, o camisa 9 e capitão do Peixe, seguindo seus números recentes, tem tudo para marcar diante do Internacional, na quinta-feira, no Beira-Rio, e ajudar o time a voltar a vencer no Brasileiro.

A lesão, por mais que tenha deixado torcedores apreensivos, fez com que o apetite em balançar a rede se acumulasse e surtisse efeito agora. A motivação para a volta por cima? O Pastor explica: a fé.

– A maior motivação que tive para superar a lesão foi a fé, pois ela constrange muitas coisas e alcança aquilo que os olhos não podem ver. Eu me conheço muito bem e sabia que iria voltar. Claro que não queria ter demorado tanto, mas foi um exercício da fé. Algo que motivou também foi ouvir algumas coisas negativas de quem estava fora. Enquanto estava pedalando eu estava orando e acreditando que daria certo e voltaria a jogar em alto nível. Isso é o que me define: fé – explicou, ao LANCE!

Acostumado desde o ano passado a dividir a artilharia do Peixe com Gabigol, Ricardo Oliveira agora terá caminho livre para se isolar como homem-gol, já que o colega foi negociado com a Internazionale (ITA). Como ele mesmo admite, a responsabilidade aumenta. Mas pressão e cobrança, como se sabe, não o intimidam.

- Era muito sadia a nossa disputa. Eu e o Gabriel somos jogadores com características de fazer gols e somos decisivos, sem fugir da responsabilidade. Eu continuo com ela no Santos mesmo sem o Gabriel, não vou fugir dessa responsabilidade. Talvez ela até aumente com a saída dele, mas eu sempre estou pronto para isso.

Confira um bate-bola exclusivo com Ricardo Oliveira:

Desde que voltou de lesão, você tem sete gols em oito jogos. A que se deve esse 'novo' Ricardo Oliveira?
Eu fico feliz em produzir e ser efetivo com gols, aumentando a média por partida. Sempre disse que meu maior objetivo dentro do time era poder contribuir com gols. Minha participação é muito intensa, para dar passe, abrir espaço, mas sou cobrado pelos gols. Sou cobrado pela torcida, pelos companheiros, pela imprensa, então fico feliz em aumentar essa média, já que é minha principal função.

Você ficou afastado quase dois meses por conta do tratamento no joelho, e para um jogador ficar fora dos jogos deve ser o pior dos castigos. Esse tempo parado te trouxe ainda mais fome de gol?
Para mim foi um período muito complicado e difícil por ficar longe dos gramados, do ambiente de vestiário e de treinos. Acompanhar de longe foi ruim. Um atleta de futebol só é feliz quando consegue exercer a sua profissão e eu não estava conseguindo exercer a minha. Depois de voltar, após dois meses parado, a única coisa que tinha na cabeça era conseguir retribuir com boa participação, gols e ajudar os companheiros. Estava com saudade de balançar as redes e ajudar. Isso foi superado, graças a Deus, e agora posso estar com todos, contribuindo com meu melhor e para conseguirmos os nossos objetivos.

Você sente que agora a expectativa pelos gols agora virão exclusivamente em cima de você?
Nós sentimos a responsabilidade de vestir a camisa do Santos, independentemente do jogador. O Gabriel saiu, está indo para uma nova etapa da carreira, mas nós ficamos e a responsabilidade segue a mesma. É o peso de vestir esta camisa do Santos. Temos o Vitor Bueno, Rodrigão, Copete, Joel e por aí vai. Jogadores que vão assumir a responsabilidade quando vestirem a camisa do Santos. Quando a gente entra em campo vai para dar o melhor e ela é compartilhada por todos. Fico feliz em fazer parte desse grande clube e poder dar alegrias para tantos torcedores. Vamos procurar cumprir os objetivos traçados para a temporada e creio que cada um vai assumir a sua responsabilidade para dar o melhor sempre.

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