A escalação de Sampaoli para encarar o Corinthians, na Arena, neste domingo, mostrou Gustavo Henrique ausente e a opção por Cueva, na vaga que era disputada por Rodrygo e Copete. No entanto, o que fez diferença foi justamente a mudança no setor defensivo. Mesmo que a posição de zagueiro seja, talvez, aquela com as peças mais homogêneas do elenco, a tarde infeliz de Luiz Felipe e a falta de entrosamento alteraram os rumos da partida.
Com um gol logo aos três minutos de jogo, qualquer estratégia muda de figura, especialmente em um erro de posicionamento na defesa em uma jogada de bola parada. Manoel, livre de marcação, só desviou para o gol em cruzamento de Sornoza. O miolo de zaga não conseguiu cortar, nem neutralizar a chegada do adversário.
No entanto, com a postura de quem queria controlar o jogo, ter a posse de bola, o Peixe pareceu não mudar e conseguiu empatar aos sete minutos com Derlis González. A partir daí, o time da Baixada passou a ter o domínio da partida, trocava passes com qualidade e não deixava o Corinthians ficar à vontade.
Isso aconteceu até que em um lançamento fortuito ao ataque, Luiz Felipe se atrapalhou em lance em que poderia ter atrasado para Vanderlei, e afastou errado de cabeça, deixando a bola nos pés de Clayson, que marcou bonito gol. Aquilo que parecia um susto no primeiro gol, mostrou ser o problema do time nesta tarde.
Dali em diante o nível do jogo caiu. O Santos, inseguro, passou a priorizar a cautela para poder ajustar o sistema defensivo que, mais por erros individuais, foi o vilão para o resultado negativo. Na volta do intervalo, a opção por Rodrygo no lugar de Cueva parecia ser a melhor na teoria, mas não foi o que aconteceu na prática.
O peruano, taticamente, cumpriu uma função de 'segurar' as descidas dos meio-campistas corintianos. Sem ele por ali, o Peixe acabou 'perdendo' o meio-campo e pouco conseguiu criar, menos ainda marcar. Rodrygo, por sua vez, não teve espaço, nem iniciativa para mudar o cenário da partida, que ficou ao gosto dos mandantes, muito mais perigosos na etapa final.
Em um time com a mentalidade ofensiva como é o Santos, a instabilidade defensiva, a falta de entrosamento, e os erros individuais, acabaram afetando todos os outros setores, que ficaram sem alternativa para reverter o placar. Sem velocidade, sem conseguir ficar com a bola nos pés e pouco inspirado tecnicamente, Sampaoli e seus comandados sucumbiram ao esquema do Timão.