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Com saída de Gabriel e poucos gols, Santos prioriza busca por atacante

Peixe vê número de tentos cair ano após ano, de 2015 para cá, e tem no setor de ataque prioridade imediata de reposição, algo que já foi problema na transição de 2017 para 2018

Neste sábado, o Santos bateu o Atlético-MG por 3 a 2, na Vila Belmiro. Felippe Cardoso e Gabriel (foto) marcaram o segundo e o terceiro do Peixe, sendo os melhores do time. Veja as notas para os jogadores do Santos e para o técnico Cuca (Por Alê Guariglia - superraiox@lancenet.com.br)
Queda no número de gols e saída de Gabigol repetem problemas enfrentados no fim de 2017 (Foto: Flavio Hopp)

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Não há dúvidas de que o Santos tem muito a fazer pensando na temporada 2019, a começar pela contratação de um treinador, após a saída de Cuca, aliada à correção de problemas internos, que culminam no desempenho ruim dentro de campo. No entanto, vale destacar uma dor de cabeça a ser resolvida de forma mais imediata no elenco: a diminuição na quantidade de gols ano após ano. Algo que tende a piorar com Gabigol longe da Vila Belmiro e que força o clube a ir para o mercado buscar um atacante.

Basta pegar um recorte a partir de 2015, com a chegada de Ricardo Oliveira. Naquele ano o Peixe marcou 120 gols em jogos oficiais, sendo 37 deles do centroavante, que ainda teve Gabriel como parceiro, autor de 21 tentos. Com esses números, o Alvinegro foi o melhor ataque do país.


Em 2016, os números continuaram bons, terminando a temporada como o segundo melhor ataque do Brasil, porém a quantidade diminuiu. Foram 110 tentos santistas ao longo do ano, mais uma vez com Ricardo Oliveira como artilheiro do time, balançando a rede 22 vezes, com Vitor Bueno na vice-liderança, autor de 13 gols.

No ano seguinte, as coisas já tiveram uma mudança considerável. Embora tenha atingido 91 tentos em partidas oficiais, o Santos foi apenas o 12º ataque do país. Muito disso devido aos problemas de saúde e de lesão pelos quais Ricardo Oliveira passou durante toda a temporada 2017. Tanto é que o centroavante anotou 12 gols, mesmo número alcançado por Kayke. Os dois ocuparam a vice-liderança, atrás de Bruno Henrique, com 18 bolas na rede.

A transição de 2017 para 2018 foi complicada, especialmente pela saída de Ricardo Oliveira, que não renovou seu contrato com o clube. Assim, o novo presidente teve de ir ao mercado para buscar a contratação de uma reposição, que atendeu pelo nome de Gabigol, um velho conhecido, que anotou 27 gols ao longo da temporada. Algo ousado e arriscado, diante das condições financeiras da instituição que, em partes, deu retorno.

No entanto, o número de tentos do clube no ano caiu drasticamente. Em 2018 o Peixe balançou a rede 79 vezes, ocupando a 11ª posição no ranking brasileiro. Mesmo com Gabriel inspirado, isso não foi suficiente para que o setor ofensivo fosse destaque. Para completar, Bruno Henrique sofreu lesão no olho logo no início da temporada e, quando voltou, não teve boa participação, marcando apenas dois gols.

Agora, para a temporada 2019, os problemas se intensificam, pois sabe-se que Gabigol não renovará o empréstimo, que o clube continua com problemas financeiros, e que não há uma reposição pronta no elenco. A aposta em Felippe Cardoso, que veio da Ponte Preta na metade do ano, não será solução imediata, nem mesmo o jovem Yuri Alberto. Esses fatores obrigam o clube a ir ao mercado para tentar uma cartada parecida com a dada por Gabriel, mas com a consciência de que a tarefa será difícil.

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