O próximo dia 21, quinta-feira, pode ser decisivo para a história do Santos. O Conselho Deliberativo do clube marcou uma reunião extraordinária às 20h para tratar sobre providências a serem tomadas a respeito da gestão anterior. A Comissão de Inquérito e Sindicância data seu parecer sobre procedimentos jurídicos que o clube pode tomar devido a prejuízos causados pela gestão anterior, que comandou o Peixe até 2014.
Nos bastidores, conselheiros afirmam que o órgão dará parecer favorável para que o clube acuse o ex-presidente Odílio Rodrigues na Justiça comum de, ao menos, crime de gestão temerária, que tem pena mínima de dois anos.
Outra possibilidade avaliada pela comissão é de que os membros do Comitê de Gestão da época também sejam acusados no processo.
Caso o Conselho aprove o parecer favorável para que o Peixe entre na Justiça, o presidente Modesto Roma Júnior vai optar por abrir o processo.
Segundo conselheiros e dirigentes, o que pode servir como prova para gestão temerária são informações coletadas pela Comissão Fiscal do clube a respeito da contratação do atacante Leandro Damião, em dezembro de 2013, que custou R$ 42 milhões. Um dos argumentos contra Odílio Rodrigues é de que alguns membros do antigo Comitê de Gestão não aprovaram a negociação, que teve aporte financeiro do fundo de investimentos maltês Doyen Sports, sendo que o Santos deverá pagar juros de 10% ao ano para os investidores. Para piorar, o jogador conseguiu desvincular-se do clube por vias judiciais por atraso no pagamento de salários. Odílio era vice de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e assumiu o comando do clube que este renunciou, no início de 2014.