Jean Mota completou 80 jogos com a camisa do Santos no último domingo, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Valorizado, em alta e ciente da confiança do técnico Jair Ventura, o polivalente jogador de 24 anos está cada vez mais perto de se firmar como peça fundamental do elenco alvinegro. Depois de solucionar a dor de cabeça de Jair na lateral esquerda, agora briga por vaga no meio-campo. No último jogo, desbancou o argentino Emiliano Vecchio, até então titular absoluto no setor.
- O elenco do Santos é qualificado, ninguém tem cadeira cativa no time titular. Nós todos estamos sempre brigando por espaço, time grande é assim, não tem outro jeito. Quando eu ganho a chance, procuro agarrar da melhor forma possível, tento fazer algo melhor e cada jogo para continuar - explica Mota.
Embora tenha o discurso correto e coerente, sem desmerecer os companheiros com os quais disputa posição, Jean sabe que vive um momento especial no Santos. Embora tenha sido um "quebra-galho" também para Dorival Júnior e Levir Culpi, os últimos dois técnicos do Alvinegro, é agora, com Jair Ventura, com quem parece estar preparado para brigar por vaga.
As circunstâncias também mudaram. Antes, para disputar a vaga no meio-campo, como armador, que é como gosta de jogar, Jean Mota tinha que desbancar Lucas Lima, por exemplo. O ex-camisa 10 do Santos e hoje camisa 20 do Palmeiras foi mantido entre os titulares até mesmo quando vivia péssima fase técnica e era criticado por boa parte da torcida. Atualmente, a concorrência é vista de "igual para igual".
- O Jair é um cara muito inteligente, que sabe lidar com os jogadores. Acho que conquistei a confiança dele, sim (risos). Ele tem me dado confiança, me ajudado muito dentro de campo, me explicando a forma que ele quer que eu jogue. Fico feliz demais por isso, espero continuar correspondendo dentro de campo - completa Jean.
Com a confiança recíproca entre técnico e jogador, o Santos agora precisa da vitória sobre o Botafogo, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. No primeiro jogo, 0 a 0 em Ribeirão Preto. A postura mais defensiva do Peixe desagradou boa parte da torcida. Embora Jean discorde, garante que o DNA ofensivo estará presente no duelo em casa.
- Nossa postura vai ser sempre a mesma, assim como fizemos em Ribeirão: sempre buscando atacar, buscando o gol. Esse é o DNA do Santos. Infelizmente, não conseguimos concluir em gol. Esperamos poder aproveitar as chances desta quarta - finaliza.