Por conta da chuva que castigou Santa Catarina durante a semana, Joinville e Santos conseguiram fazer de tudo neste domingo, na Arena Joinville, menos o que mais importava: jogar futebol. Com gramado encharcado, as equipes pouco conseguiram produzir e o empate em 0 a 0 foi um resultado já previamente calculado. Mesmo assim, com o tropeço do São Paulo, que perdeu para o Cruzeiro, o Peixe segue no G4.
O primeiro tempo foi marcado por bizarrices. Tirando um chute de Fernando Viana na entrada da área, que obrigou Vanderlei a fazer grande defesa, e um de Ricardo Oliveira, que saiu raspando a trave, a partida virou um show de trapalhadas. Em uma dividida, o lateral Chiquinho foi afastar a bola para a lateral e acertou em cheio a cabeça da gandula do jogo, que teve de ser retirada de maca. Em tentativa de chute de muito longe, o volante Anselmo mandou a bola pela lateral.
Já prevendo que o gramado estaria horrível antes mesmo de chegar a Joinville, o técnico Dorival Júnior recomendou aos seus atletas para que deixassem de lado o futebol incisivo, ofensivo e de toque de bola, e o substituíssem pela bola aérea. O problema, porém, é que os zagueiros eram os responsáveis pelos lançamentos. O zagueiro de um entregava ao goleiro do outro.
No intervalo, Dorival mostrou-se conformado com o empate conquistado durante a primeira etapa e sacou Lucas Lima, seu principal armador - que tinha cartão amarelo - para a entrada do marcador Alison. Logo com um minuto, porém, o Peixe dava sinais de que procuraria a vitória. Renato fez lançamento preciso para Ricardo Oliveira, que invadiu a área e bateu cruzado para grande defesa de Agenor.
Mas lances como este demoraram 20 minutos para se repetir. Gabigol recebeu na entrada da área, fez o giro e bateu no cantinho para nova grande defesa do goleiro do Joinville. O time da casa não se dispôs a mudar a maneira de jogar a insistia na bola aérea. Até que a tática trouxe resultado pela primeira vez. Em cruzamento de escanteio de Ítalo, Domingues ajeitou de cabeça e Edigar Junio obrigou Vanderlei a participar da pelada.
Literalmente pelada. Com vários escorregões, erros de passe para todos os gostos e pouquíssimas oportunidades, os dois times partiam para o ataque de forma desorganizada. Nem mesmo as entradas de Geuvânio e Edigar Junio, do JEC, trouxeram um pingo de esperança aos torcedores. Já a chuva, trouxe diversos deles, que tiveram de ser contidos com as tradicionais capas de chuva.
Com um gramado que não apresentava a menor condição de se praticar futebol, a velocidade de Lucas Lima não apareceu, Gabigol não se mantinha em pé e Ricardo Oliveira teve poucas oportunidades de mostrar que é artilheiro. O empate sem gols já estava anunciado antes de a bola rolar, e o apito final do árbitro apenas confirmou as expectativas iniciais.
FICHA TÉCNICA:
JOINVILLE 0 X 0 SANTOS
Local: Arena Joinville, em Joinville (SC)
Data/Hora: 8/11, às 18h
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Assistentes: Eduardo da Cruz (MS) e Fábio Rodrigo Rubinho (MT)
Público/Renda: 9.679 pagantes / R$ 194.745,00
Cartões amarelos: Marcelinho Paraíba, Danrlei e Fernando Viana (JEC); Lucas Lima e Daniel Guedes (SAN)
Cartão vermelho: Rogério (JOI), no banco de reservas
JOINVILLE: Agenor; Mário Sérgio, Guti , Domingues e Diego; Danrlei, Anselmo, Marcelinho Paraíba (Ítalo 17’/2º T) e Fernando Viana (Trípodi 37’/2º T; Silvinho (Edigar Junio 8'/2ºT) e Kempes. Técnico: PC Gusmão.
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, David Braz, Werley e Chiquinho; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima (Alison - Intervalo) ; Gabigol (Nilson 29’/2º T), Marquinhos Gabriel (Geuvânio 22’/2º T ) e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.