O Santos tem futuro próximo complexo, pois as finanças estão comprometidas e podem ficar ainda piores a depender do desempenho no Brasileirão. Internamente, pessoas analisam que o Peixe deve precisar de empréstimos para sanar contas de 2024.
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A situação atual também é complicada, tanto que o presidente Andres Rueda pediu antecipação de R$ 30 milhões em receitas do ano que vem para contribuir com o fluxo de caixa de 2023 e honrar os compromissos. A solicitação ainda será votada pelo Conselho Deliberativo e, no próximo ano, o quadro tende a ser ainda mais difícil na tentativa de evitar aumento das dívidas.
VOLTA AO PASSADO?
A análise de pessoas no clube é que o próximo presidente precisará de novas fontes de renda para ter um ano com superávit e realizar pagamentos de salários. É falado, inclusive, que o mandatário pode precisar tirar dinheiro do próprio bolso para honrar compromissos, algo que Andres Rueda e Marcelo Teixeira — ex-presidente e possível novo candidato — fizeram no passado. Mais antecipações de receitas ou empréstimos de instituições financeiras também são possibilidades.
PORÉM...
O estatuto do Peixe não permite que um presidente eleito empreste dinheiro do próprio bolso. Quando Rueda fez este processo, ele não fazia parte do Comitê Gestor ou sequer era conselheiro do clube. Teixeira emprestou verba durante muitos anos através da Universidade Santa Cecília, propriedade da qual é dono. Ambos os gestores foram ressarcidos.
AGRAVANTES
Se o cenário atual é de preocupação, os resultados esportivos de 2023 podem agravar ainda mais o quadro. Isso porque o Santos está seriamente ameaçado de não disputar a próxima edição da Copa do Brasil e luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O mata-mata nacional representa parte significativa das receitas em premiações e uma queda para a Série B deixará o clube com redução de aproximadamente R$ 65 milhões em arrecadações de direitos de transmissões, por exemplo.
ANTECIPAÇÃO
Rueda solicitou antecipação de R$ 30 milhões em receitas de 2024, já aprovada pelo Conselho Fiscal. Por estar em período eleitoral, o Conselho Deliberativo precisa aprovar a medida, e conselheiros da oposição protocolaram questionamentos sobre o caso.