Dentre as quatro grandes equipes do Estado de São Paulo, o Santos é o que menos finaliza neste início de temporada. São 73 chutes contra 292 do Palmeiras, 143 do São Paulo e 106 do Corinthians. Em 2019, sob o comando de Jorge Sampaoli, após as sete primeiras partidas, o time santista tinha pouco menos que o dobro de finalizações que esse ano, 122.
No entanto, a porcentagem de acerto nos arremates com Jesualdo Ferreira está dentro da média dos seus rivais e, também, na comparação com a temporada anterior. Se em 2019, a equipe santista teve um retrospecto de 35% de tiros ao gol, atualmente o desempenho é de 32%. Quanto as comparações com os arquirrivais, o Peixe ainda fica atrás de São Paulo e Corinthians na porcentagem, mas com uma margem muito pequena (37% para o Tricolor e 33% para o time de Itaquera). Apenas o Palmeiras, adversário santista neste sábado, às 16h30, no Pacaembu (com mando do Santos), pela oitava rodada do Campeonato Paulista, tem número abaixo na conversão de arremates em direção ao gol, 14%.
Por outro lado, é o Alviverde que tem o melhor ataque do Estadual, com 14 gols marcados, enquanto o Peixe é o décimo, junto a Botafogo-SP e Ituano, com seis tentos feitos. Essa falta de poderio ofensivo é um dos fatores que mais refletem a queda de desempenho santista nas mãos do técnico português.
Em 2020, a partida que o Santos a vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, na segunda rodada do Paulistão, foi a partida que o time mais arriscou, com 17 chutes, sendo cinco no gol. O empate em 0 a 0 contra a Ferroviária, na sexta rodada, foi a situação onde o time menos finalizou, com nove arremates e apenas três acertos. A maior média positiva de chutes do Alvinegro Praiano em 2020 foi na vitória por 2 a 0 contra o Botafogo-SP, na quinta rodada do Estadual, onde o Peixe acertou o gol em 50% dos seus chutes, seis em 12 tiros.
O atual momento do Peixe serve para certificar a máxima que afirma que “quem não chuta não marca”. Portanto, a atenção aos arremates no clássico contra o Palmeiras pode dar uma sobrevida ao ameaçado Jesualdo Ferreira no comando santista.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini